quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Saúde e educação são as prioridades dos brasileiros, aponta Ipea

Os dados sobre percepção social foram divulgados após a cerimônia de entrega do Prêmio 'My World', das Nações Unidas

A melhoria dos serviços de saúde foi a opção assinalada como prioridade por 87,64% dos 3.810 entrevistados da pesquisa Sistema de Indicadores de Percepção Social (SIPS) – Nossos Brasis: prioridades da população, realizada pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) em agosto deste ano, em mais de 210 cidades brasileiras. Uma educação de qualidade (72,97%), a proteção contra o crime e a violência (61,44%), melhores oportunidades de trabalho (60,28%), um governo honesto e atuante (59,85%), além do acesso a alimentos de qualidade vêm na sequência na lista das escolhas, feitas entre 16 opções ordenadas aleatoriamente.

Os resultados foram apresentados pelo presidente do Instituto e ministro da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República (SAE/PR), Marcelo Neri, na manhã desta quinta-feira, 12, em Brasília, após a cerimônia de entrega da premiação da Campanha do Milênio da Organização das Nações Unidas, concedida ao Ipea por sua contribuição para a pesquisa Meu Mundo (My World).

Ao entregar o prêmio, o representante do Sistema Nações Unidas no Brasil, Jorge Chediek, afirmou que o Instituto se destacou, entre as organizações da América Latina e Caribe, como a que mais colaborou com a pesquisa. “Foi um prêmio merecido, porque mostra o compromisso do Brasil com essa agenda”, disse Chediek, lembrando que a iniciativa resultou de um encontro entre a coordenadora global da campanha, Corrinne Woods, e Neri, que propôs incorporá-la às pesquisas do SIPS.

“As metas do milênio são uma preocupação central do Ipea e permitem colocar todos as instituições em busca do mesmo objetivo. E o Brasil vem cumprindo quase todos os objetivos ”, afirmou Neri

Diferenças de prioridadesA pesquisa SIPS apurou ainda as diferenças de prioridades de acordo com as diversas características dos indivíduos, como renda, idade, gênero, raça e região geográfica. Comparando aqueles com até a 4ª série com os que possuem nível superior, a proteção social e o combate à violência, além de acesso a oportunidades de trabalho, figuraram com mais destaque nas prioridades dos menos escolarizados, registrando, respectivamente, 21,55, 11, 57 e 9,78 pontos percentuais (p.p.) superiores aos dos mais escolarizados.

Os mais pobres, em relação aos mais ricos, também priorizam mais proteção social (13,08 p.p.), oportunidades de trabalho (8,7 p.p.) e proteção contra o crime e a violência (5,26 p.p.). Entre os beneficiários das políticas sociais, as prioridades diferenciam-se quanto ao acesso à água potável e ao saneamento, a oportunidades de trabalhos e a alimentos de qualidade.

Na agenda jovem, os indivíduos de 15 a 29 anos, em comparação aos demais adultos, mostraram mais interesse na educação de qualidade (7,32 p.p.), eliminação do preconceito e da discriminação (4,57 p.p.) e liberdades políticas (3,93 p.p.). Os mais velhos priorizaram mais governo honesto e aposentadoria.

No que diz respeito às mulheres, mereceram atenção especial o acesso a alimentos de qualidade e à água potável e saneamento, além de educação de qualidade. Já os homens enfatizaram mais governo honesto e atuante, liberdades políticas e melhoria dos transportes e estradas.

Em se tratando das regiões do país, os entrevistados do Nordeste dão prioridade muito maior ao acesso à água potável e ao saneamento (36 p.p. superior ao Sudeste), seguido pela alimentação de qualidade e pelo o combate às mudanças climáticas. Já na agenda das capitais, em relação às demais cidades, a ênfase está nas oportunidades de trabalho, na alimentação de qualidade e na proteção contra o crime e à violência.

Brasil e MundoNa pesquisa Meu Mundo (My World), comparando as prioridades brasileiras com às dos demais países, a população do país está mais preocupada com o crime e a violência – é a quarta na lista de prioridades do Brasil e a sétima no resto do mundo. Da mesma forma, os brasileiros deram mais atenção ao tema do combate às mudanças climáticas. A opção aprece em 13º e, para o resto do mundo, em 17º.

http://www.ipea.gov.br/portal/index.php?option=com_content&view=article&id=20859&catid=4&Itemid=2

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