terça-feira, 29 de outubro de 2013

“Na Independência, um professor ganhava menos que um feitor de escravos”, diz Laurentino Gomes

Escritor Laurentino Gomes
O escritor estará nesta terça-feira em Cuiabá, em sessão de autógrafos, na na Livraria Janina do Shopping Pantanal.

Palestra
Na quarta-feira (30), o escritor Laurentino Gomes vai proferir uma palestra às 14h30 no auditório da Escola Superior de Contas no Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso (TCE-MT). A palestra terá como tema "A Construção do Brasil: da Independência à República" e faz parte da programação comemorativa referente aos 60 anos do TCE-MT.
Laurentino Gomes é formado em Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná, com pós-graduação em Administração pela Universidade de São Paulo, é membro titular do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo e da Academia Paranaense de Letras. (G1 MT)
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Veja matéria sobre o escritor

por Pedro Ribeiro Nogueira 

Quando Dom João VI, rei de Portugal, chegou ao Brasil em 1808, encontrou 99% da população analfabeta. Diante deste quadro, fundou a primeira escola superior do país, na Bahia, muitos anos depois de nossos vizinhos latino-americanos. Passados 81 anos, um professor e militar, Benjamin Constant, defendia o início da República e promovia as primeiras reformas educativas no país.
Estes e outros fatos foram trabalhados pelo jornalista e escritor Laurentino Gomes, que concluiu neste ano seu terceiro livro sobre a história do país no século 19. Ganhador de quatro prêmios Jabuti e com mais de 1,5 milhão de exemplares vendidos, Laurentino retratou a história do Brasil a partir de três momentos chaves: 1808, com a chegada da corte ao país; 1822, quando houve a proclamação da Independência; e 1889, com a proclamação da República.
Valendo-se do estilo livro-reportagem, as obras também contam histórias de personagens, pequenos “causos” e outros episódios marcantes na formação do país.  “Muitas das características do país atual, seus defeitos e virtudes, aí incluído o regime de toma-lá-dá-cá em Brasília, a corrupção, a desigualdade social e a ineficiência do governo, têm raízes fincadas nesse período”, analisa Gomes.
Portal Aprendiz entrevistou Laurentino para entender, a partir de nossa história, de onde vêm as mazelas do nosso sistema de ensino, assim como suas vicissitudes. O autor revela que na época da proclamação de independência, um feitor de escravos ganhava mais que um professor. Seria correto, portanto, afirmar que a atual greve dos professores no Rio de Janeiro, assim como a violenta repressão às manifestações, têm raízes na colonização? É possível pensar numa universidade inclusiva, com políticas de acesso, sem lembrar da escravidão? Confira.
Clique para ler a entrevista:

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