Zilma de Oliveira, do Conselho Municipal de Educação de São Paulo, diz que habilidades naturais são mal avaliadas e creches não garantem equidade de atendimento
O papel da educação infantil na vida de bebês e crianças que devem ser atendidos nessa fase – que vai de 0 a 5 anos – não é consenso em todas as unidades de atendimento do País. A "visão da sociedade" sobre as habilidades naturais deles, o que significa sua capacidade de aprendizado, é mal avaliada. Com isso, a oferta de educação infantil perpetua desigualdade de direitos.
A avaliação é da professora associada da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da Universidade de São Paulo (USP), Zilma de Moraes Ramos de Oliveira. Integrante do Conselho Municipal de Educação de São Paulo, a pesquisadora conversou com o iG sobre as dificuldades de se implementar a educação infantil no Brasil, que ainda não tem oferta obrigatória (exceto a partir dos 4 anos de idade).
A demanda por creches, no entanto, tem se tornado cada vez maior. E o currículo que define o que essa fase de ensino deve garantir aos alunos – desenvolvimento de habilidades ou cuidados mínimos para os bebês e crianças – ainda não é consenso em todas as redes e nem mesmo na sociedade. “O principal desafio na educação infantil é mudar nossa visão dos bebês, porque as pessoas ignoram as possibilidades de aprendizagem deles”, afirma conselheira.
Confira os principais trechos da entrevista:
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