quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

Escolas e clubes ensinam crianças a programar

Aulas de linguagem de computação ganham adeptos no Brasil; pedagogos e executivos de tecnologia defendem que habilidade hoje é tão importante quanto ler ou fazer contas
Por Ligia Aguilhar
SÃO PAULO – Com os dedos em pinça, o aluno Artur Suda, de 8 anos, segura um pequeno fio vermelho conectado a uma banana, que está presa a uma placa e conectada a um laptop. Cada vez que toca na banana, os caracteres na tela do computador respondem aos comandos, como em um mouse. A cada clique Artur ri, maravilhado com a façanha recém-aprendida em uma aula de programação na escola onde cursa o ensino fundamental.
A Escola Bakhita, onde Artur estuda, reúne semanalmente alunos de 8 a 13 anos para aprender programação e robótica em aulas práticas. Oferecidas como atividade extracurricular, as aulas seguem uma tendência mundial que ganha força no Brasil, o incentivo ao ensino da linguagem da computação em escolas. A ideia, defendida por pedagogos e executivos de tecnologia, é de que em um mundo cada vez mais digital, saber interpretar e escrever códigos e tão importante quando ler, escrever e fazer contas.
Outro elemento reforça a tese. No Brasil e em boa parte do mundo há déficit de profissionais preparados para trabalhar em áreas como programação e TI. Segundo a Associação para Promoção da Excelência do Software (Softex), o Brasil pode chegar em 2020 com um déficit de mão de obra qualificada em TI de 408 mil profissionais se não forem criados programas para reverter este quadro.
Na escola de Artur o ensino foi dividido em três partes. Primeiro, os alunos aprendem a usar o Scratch, que dá a base para a linguagem Phyton. Na segunda fase, usam o computador educacional Raspberry Pi e placas Arduino e Makey Makey para programar hardware e criar, por exemplo, o circuito que transforma a banana em um mouse. Por último, lidam com drones e impressoras 3D.
O projeto, intitulado “CLWB – Community for Learning With Bits” (Comunidade para Aprender com Bits, em português), é liderado por Mike Lloyd, um inglês que há 30 anos pesquisa a integração entre educação e tecnologia. “As crianças aprendem muito mais criando tecnologia do que usando”, explica ele, que pretende desenvolver o lado empreendedor dos alunos.
Leia mais:
http://blogs.estadao.com.br/link/escolas-e-clubes-ensinam-criancas-a-programar/

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