Seminário realizado em Brasília foi uma das principais atividades da 12ª Semana de Ação Mundial 2014: Direito à Educação Inclusiva – por uma escola e um mundo para todos, que ocorreu em todo o País entre os dias 21 e 27 de setembro
“Eu não me conformo com números. Está tudo bem… Tudo melhorando… A estatística diz que… Afinal de contas, é a qualidade que deve prevalecer. E eu não me conformo com isso!”, reivindicou Antonio Davi Souza de Almeida, estudante do curso de pedagogia da UECE (Universidade Estadual do Ceará), durante o Seminário Nacional Desafios para a Garantia do Direito à Educação Inclusiva, que ocorreu no último dia 23 de setembro, em Brasília. Em sua fala, ele denunciou a discriminação praticada por professores e alunos, a falta do AEE (Atendimento Educacional Especializado) e a ausência da flexibilização do currículo e das avaliações. O evento foi uma das principais atividades da 12ª Semana de Ação Mundial: Direito à educação inclusiva – por uma escola e um mundo para todos, realizada entre os dias 21 e 27 de setembro em todo o Brasil.
As discussões ocorreram no Memorial Darcy Ribeiro (Beijódromo), na UnB (Universidade de Brasília) e foram transmitidas ao vivo pela internet, no blog da iniciativa. Participaram do debate representantes da sociedade civil, do poder público federal e municipal, da academia, do judiciário, da Unesco e do Unicef.
Durante o seminário, em nome da Campanha e das nove entidades que compõem o Comitê Técnico da SAM 2014, Meire Cavalcante, coordenadora regional do Fórum Nacional de Educação Inclusiva, juntamente com o promotor de justiça do Pará, Waldir Macieira, entregaram uma carta aberta com as ações que o país precisa colocar em prática para assegurar um sistema de educacional inclusivo para todas as pessoas. O documento foi entregue à Suzana Maria Brainer, coordenadora geral de Articulação da Política de Inclusão nos Sistemas de Ensino da Secadi (Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão do Ministério da Educação.
Além do seminário, outras ações foram desenvolvidas por mais de 2,2 mil instituições, coletivos e pessoas, das cinco regiões do país, que se inscreveram e receberam por correio os materiais da Semana de Ação Mundial (pôster, folder e caderno de atividades). “Esses números mostram o grande potencial de mobilização e de capilaridade da SAM. A grande mensagem que queremos passar é que a educação inclusiva é um direito de todos, e não apenas das pessoas com deficiência”, enfatizou Iracema Nascimento, coordenadora executiva da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, durante a abertura do debate.
A SAM é uma iniciativa da CGE (Campanha Global pela Educação), realizada simultaneamente em mais de 100 países, desde 2003, com o objetivo de envolver a sociedade civil em ações de incidência política, de modo a exercer pressão sobre os governos para que cumpram os acordos internacionais da área, entre eles o Programa Educação para Todos (Unesco, 2000). No Brasil, a SAM é coordenada pela Campanha Nacional pelo Direito à Educação, em parceria com outros movimentos, organizações e redes.
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Confira as apresentações dos palestrantes:
- Cristiane Sousa Costa, gerente de educação inclusiva da Semec de Novo Hamburgo – RS
- Ielva Maria Costa de Lima Ribeiro, professora da Creche Municipal José Calil Abuzaid, São Gonçalo- RJ
- Iracema Nascimento, coordenadora executiva da Campanha Nacional pelo Direito à Educação;
- Jéssica Mendes Figueiredo, relações públicas da FBASD (Federação Brasileira das Associações de Síndrome de Down);
- Waldir Macieira, promotor de justiça do Ministério Público do Pará
- Suzana Maria Brainer, coordenadora geral de Articulação da Política de Inclusão nos Sistemas de Ensino da Secadi/MEC (apresentação da manhã);
- Suzana Maria Brainer, coordenadora geral de Articulação da Política de Inclusão nos Sistemas de Ensino da Secadi (apresentação da tarde)
- Maria das Dores de Lima Nunes, diretora da EE Clarisse Fecury, Rio Branco – AC
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