Professores que buscam cursos de atualização devem tomar cuidado com as arapucas e falsas promessas. O conhecimento oferecido muitas vezes é pouco confiável e está aquém do necessário, alerta educadora.
Por: Vera Rita da Costa
Já pensou em fazer um curso de especialização? Se for professor, provavelmente a resposta a essa pergunta será sim. Mas, mesmo não sendo, a resposta muito provavelmente também será sim. Isso porque, na área de educação, vivemos a necessidade constante de atualização. A questão, no entanto, não se impõe apenas nesse campo.
Manter-se atualizado tornou-se praticamente uma tirania. Pesa sobre todos nós – profissionais da educação ou não – a necessidade de aprendizado e atualização constantes. E, quando o caso não é de atualização, recaem em nossos ombros responsabilidades ainda mais severas: é preciso capacitar-se (como se fôssemos incapazes) ou reciclar-se (como se fôssemos sucata).
Quando o caso não é de atualização, recaem em nossos ombros responsabilidades ainda mais severas: é preciso capacitar-se (como se fôssemos incapazes) ou reciclar-se (como se fôssemos sucata)
Termos inapropriados à parte, o fato é que a tal ‘vida moderna’ está impondo a todos a necessidade de correr atrás de novos conhecimentos. E longe de isso ser negativo, o processo de aprender constantemente ao longo de toda a vida poderia (e deveria) ser encarado como muito positivo, não fossem as ‘arapucas’ ou ‘falsas promessas’ que se encontram no caminho.
Há atualmente vários cursos destinados a professores, principalmente aqueles oferecidos de forma virtual e na internet. Mas os resultados, em muitos casos, são desanimadores. Visando em muitos casos apenas ao lucro e sem qualquer controle externo, os conhecimentos que oferecem são poucos e nem sempre novos ou confiáveis. O que sobra, em geral, é frustração.
Em vista dessa e de outras dificuldades – como os altos preços cobrados –, muita gente tem mudado e recorrido a uma ‘velha’ e a uma ‘nova’ estratégia para obter a formação desejada. A ‘velha’ é tornar-se autodidata, impondo a si mesmo a autonomia em relação à aprendizagem que tanto buscamos desenvolver em nossos alunos. A ‘nova’ é valer-se das plataformas digitais de aprendizado gratuitas, iniciativa recente em nosso país, mas cuja tendência – tudo leva a crer – é crescer e crescer.
Vale a pena, portanto, conferir o que há de novo na área.
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