DE SÃO PAULO
Nove em cada dez brasileiros consideram escola em período integral necessária para a educação das crianças.
O resultado está em uma pesquisa nacional do Datafolha feita para a Fundação Itaú Social com 2.060 pessoas.
A margem de erro é de dois pontos (para mais ou menos).
A resposta surgiu quando os entrevistados foram apresentados à definição de "educação integral" como "escolas em que os alunos ficam mais horas por dia, com atividades diversificadas".
Ao todo, 36,3% de quem foi consultado nunca tinha ouvido falar em educação integral -a maioria desses pertence a classes mais baixas.
Ao todo, 36,3% de quem foi consultado nunca tinha ouvido falar em educação integral -a maioria desses pertence a classes mais baixas.
"Isso mostra que temos um desafio. Precisamos disseminar o conceito de educação integral", explica Patrícia Mota Guedes, gerente de educação da fundação.
Apesar de ser desconhecida por mais de 1/3 dos entrevistados, a escola integral está prevista no PME (Programa Mais Educação), de 2007, mas ainda é rara no país.
Isso porque a maioria das escolas tem dois turnos. Ou seja, falta espaço.
A pesquisa mostra ainda que parte dos entrevistados faz, espontaneamente, uma associação do estudo integral com melhora da educação (34%) e com ocupação do tempo livre (30%).
Ainda 23% dos brasileiros fazem uma associação da escola integral com redução de criminalidade e de violência.
Entre quem julga que a educação em período integral é desnecessária (10% da amostra), uma das justificativas é que passar tempo com a família é importante.
"Nesse caso, a maioria tem alto poder aquisitivo. Essas pessoas podem pagar cursos extras, que acabam caracterizando educação em período integral", diz Guedes.
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