sexta-feira, 31 de maio de 2019

MEC diz que ainda há muito o que debater sobre educação domiciliar

Por Mariana Tokarnia - Repórter da Agência Brasil  Brasília
Foto: Andrezza Mariot
O Ministério da Educação (MEC) quer ampliar os debates acerca da educação domiciliar antes de definir um marco regulatório. Segundo a coordenadora-geral do Ensino Fundamental da Secretaria de Educação Básica do MEC, Aricélia do Nascimento, esta é uma pauta que não deverá sair do papel no curto prazo. "Estamos nos organizando para que possamos ampliar em grupos de trabalho essa discussão para aí sim elaborar um planejamento para o médio e longo prazo. Não estamos colocando essa pauta em curtíssimo prazo", diz.
A preocupação da pasta é que as crianças e adolescentes tenham assegurado o direito à aprendizagem e que o ensino siga o que está estabelecido na Base Nacional Comum Curricular (BNCC), documento que estipula o mínimo a ser ensinado na educação básica, que vai do ensino infantil ao ensino médio. A BNCC ainda está em fase de implementação no país.
Segundo Aricélia, apesar de discutir o ensino domiciliar, o MEC não deixa de lado a pauta de acesso à uma educação de qualidade. "Em nenhum momento a educação domiciliar substitui a instituição escola. Entendemos que o Brasil pode e tem ambições de neste momento ampliar o debate para que a sociedade possa ter possibilidade a mais para aqueles que entendam que essa possibilidade possa assegurar o direito subjetivo das crianças, adolescentes e jovens de terem garantido o direito ao ensino".
O Brasil ainda não cumpriu a meta de universalizar a educação básica. Por lei, pelo Plano Nacional de Educação (PNE), até 2016, o país teria que universalizar a pré-escola e o ensino médio. Ainda há cerca de 1,9 milhão de crianças e jovens fora da escola.
A coordenadora-geral participou hoje (30) de seminário de educação domiciliar na Câmara dos Deputados. Na casa, tramita o Projeto de Lei 2401/19 regulamenta a educação domiciliar no país.  Pelo projeto cabe ao MEC registrar as famílias e aplicar uma avaliação aos estudantes cujos responsáveis optarem por essa opção.
A secretária nacional da Família do Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos, Ângela Gandra, defendeu a educação domiciliar: "Nosso ministério vem apoiar não uma vertente educativa, mas a liberdade e a responsabilidade dos pais com relação à educação. Sendo fundamento à liberdade, tivemos a preocupação em garantir o direito e viabilizá-lo sem sufocá-lo através da oportuna regulação. Por outro lado, queremos acompanhar a oportuna flexibilidiade para que as crianças que sejam educadas dessa forma sejam efetivamente bem educadas".
A pasta defende como pontos fundamentais do Projeto de Lei a garantia de que cabe aos pais escolher o gênero de educação que dará aos filhos, a existência de uma base cadastral das famílias que optarem pela educação domiciliar e a avaliação da aprendizagem desses estudantes.
Para a coordenadora do Comitê DF da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, Catarina de Almeida Santos, a educação não deve ser tarefa exclusiva da família. "A educação é direito de todos, dever do estado e da família. Isso significa que as famílas não estão excluídas. Na verdade, têm papel fundamental. O processo formativo fica mais rico quando tem a participacação da família, mas isso não prescinde da participação do Estado", diz.
Representante do Movimento Interfórum de Educação Infantil do Brasil, Maria Aparecida Martins defende que é dever constitucional do Estado garantir a educação básica gratuita para brasileiros de 4 aos 17 anos de idade, inclusive para quem não tiver acesso na idade adequada. Pela legislação, é dever dos pais matricular seus filhos na rede de ensino. Para ela, a proposta desobriga o Estado e os pais desses deveres.
Segundo Maria Aparecida, é importante que a criança vivencie experiências para além do ambiente familiar. “A convivência com seus pares e com a diversidade é de fundamental importância para o desenvolvimento da criança”, disse. Ela questionou ainda se os órgãos do Estado brasileiro estariam preparados para acompanhar e fiscalizar a aprendizagem em casa.
Defensor do ensino domiciliar, o presidente da Associação Nacional de Educação Domiciliar (Aned), Rick Dias, defendeu que o debate não se trata de família versus escola, mas de um "trabalho de solidariedade" entre ambos. De acordo com ele, é preciso olhar para a realidade, independente do que se gosta ou não. No Brasil, de acordo com a Aned, em 2018, 7,5 mil famílias praticavam a educação domiciliar. "Essas famílias estão em um limbo jurídico".
Segundo Dias, a educação domiciliar é permitida em 65 países. Ele ressaltou que o Brasil ocupa a 58ª posição no ranking internacional de liberdade educacional em ranking da organização sem fins lucrativos Oidel, com sede em Genebra, na Suíça.
Edição: Liliane Farias
http://agenciabrasil.ebc.com.br/

quinta-feira, 30 de maio de 2019

Por que professor se aposenta antes? Entenda razões e o que muda na reforma.

Ricardo Marchesan
Do UOL, em São Paulo

A reforma da Previdência proposta pelo governo endurece as regras para que professores se aposentem. Se for aprovada, eles ainda continuam podendo se aposentar antes do que os demais trabalhadores, mas os critérios ficarão mais rigorosos. A aposentadoria diferenciada dos professores está na legislação brasileira desde a década de 1960, quando a atividade foi enquadrada com outras consideradas nocivas e que, por isso, mereceriam vantagens nas regras.... -

Veja mais em https://economia.uol.com.br/noticias/redacao/2019/05/30/reforma-previdencia-professores.htm


quarta-feira, 29 de maio de 2019

A estratégia de alfabetização que revolucionou aprendizado em escolas do Piauí


JOÃO BITTAR/CENTRAL DE MÍDIA DO MEC
Image captionAlunos da Casa Meio Norte em foto de arquivo; a despeito de condições adversas, escola pública conseguiu que 100% de seus alunos do 5º ano tivessem aprendizado adequado de matemática e português. Foto: JOÃO BITTAR/CENTRAL DE MÍDIA DO MEC
A Escola Municipal Casa Meio Norte fica em uma rua remota de um dos bairros de menor renda e maiores índices de violência de Teresina (PI), cercada de mato, entulho e de casas simples, feitas de tijolo sem acabamento ou pintura.
A despeito do entorno empobrecido, os resultados da Casa Meio Norte têm crescido regularmente nas avaliações oficiais de educação. Em 2017, 100% dos alunos avaliados da 5ª série tinham conhecimentos adequados em matemática e português - um salto, respectivamente, de 51 pontos percentuais e 27 pontos percentuais em relação a 2013, segundo dados da Prova Brasil, do Ministério da Educação.
Os índices são consideravelmente superiores às médias do Piauí e também do Brasil. No país inteiro, pouco mais da metade dos alunos dessa faixa etária têm conhecimentos adequados em português e só 44% os têm em matemática.
A grande transformação por trás dos índices crescentes na Casa Meio Norte começou em 2000, com um projeto de alfabetização e incentivo à leitura implementado por duas diretoras escolares que se viram diante de um desafio: como ensinar crianças em uma conjuntura totalmente adversa?
"A escola fica em uma área de alta vulnerabilidade. Os alunos às vezes chegavam portando armas e facas, havia brigas de gangues, a distorção idade-série (alunos fora da série adequada para sua idade) era altíssima. E a gente pensava: o que vamos fazer com essas crianças?", conta à BBC News Brasil Ruthneia Vieira Lima, diretora pedagógica da escola.
"Ao mesmo tempo, eu via que nossos alunos tinham grandes habilidades motoras, desde pequenos. Não tinha nada de errado com eles. Voltamos às teorias pedagógicas e passamos a estudar as crianças uma a uma para entendê-las. Tentamos olhar o modo como a criança aprendia a ler, mais do que como o professor a ensinava."
Lima, ao lado da também diretora Osana Santos Morais, desenvolveu, sem nenhum novo investimento, uma estratégia própria, que batizaram de Projeto Borboleta, a partir da ideia de transformação do inseto: "Ele passa de rastejante para voador. É como vemos os processos de aprendizado. A leitura te permite voar daqui para qualquer lugar do mundo."

De borboletas a águias

Olhando-os individualmente, as diretoras dividiram os alunos em quatro grupos, a partir da capacidade de leitura - em vez de pela idade - de cada um: desde "borboletas" (os que não leem nada) passando para "andorinhas" (os que são capazes de juntar uma letra a outra, mas sem interpretá-las) daí para os "gansos" (os que conseguem ler um pouco mais, mas sem fluência) indo até as "águias" (os leitores fluentes).
A estratégia combina ensinar às crianças como as palavras são articuladas e o que Lima chama de "coreografia" da escrita - o fato de que a mudança de uma letra pode mudar o sentido da palavra. Mas vai além: a oferta de livros e os momentos de leitura são abundantes, "para a criança aprender com o sentido das palavras e escutar seus usos, para se sentir uma leitora. Também usamos muitas poesias, por causa de sua melodia".
Assim, as crianças passaram a ler uma média de 30 livros por mês, ou um por dia, mas em um contexto "prazeroso, em que o texto tem significado. É entender que o ler pelo prazer de ler faz diferença na vida", conta Osana Morais.
E os professores são encorajados a sair da cadeira e "a ver como está a leitura do lado das crianças, a escutá-las, sentindo o cheirinho delas. A aproximação afetiva é crucial para isso dar certo", diz Lima.
A estratégia também tenta tornar as crianças mais ativas no aprendizado e na autoavaliação. "Elas são incentivadas a avaliar a própria leitura: 'preciso melhorar na leitura da pontuação', por exemplo. A partir disso, fazemos proposições de como ela pode avançar até 'virar águia'. Não temos uma cultura de provas e fazemos apenas as avaliações obrigatórias do MEC", prossegue.
Por fim, Lima diz que foi necessário tirar os professores da zona de conforto.
"Como existe a expectativa de que a criança levará três anos (de ensino fundamental) para aprender a ler e escrever, ninguém se preocupava muito em ser aquela que ia ensiná-la de fato, e o aluno só ia passando de ano", explica a diretora pedagógica.
Com isso, diz Morais, os professores da escola foram transformados em "aprendizes e observadores de alunos em processo de evolução, para compreender a criança como um ser capaz de aprender tudo".

'Poucos leitores'

Ante os resultados na Casa Meio Norte, as diretoras passaram a "franquear" a estratégia para outras escolas e cidades da região, assim como fazem os sistemas de ensino privados. São mais de dez municípios do Piauí replicando o Projeto Borboleta, diz Lima.
Um dos principais exemplos vem de Oeiras, pequena cidade de 37 mil habitantes encravada no meio do Piauí.
A secretária de Educação, Tiana Tapety, queria transformar a cidade em um polo de leitura, mas notou que, "sem (um projeto de) alfabetização, tínhamos poucos leitores", disse ela durante seminário sobre alfabetização realizado pelo Centro de Excelência e Inovação em Políticas Educacionais da FGV no Rio, em 23 de maio.
O Projeto Borboleta começou nas escolas da rede municipal oeirense em 2017 e, aliado a demais esforços para incentivar a leitura e a cultura entre os jovens da cidade, fez com que as escolas locais praticamente zerassem as taxas de abandono escolar e reprovação, segundo Tapety.
"Temos quase 100% de nossas crianças do 1º ao 5º ano lendo", disse a secretária. "Esse resultado, acima de tudo, é uma justiça social. (...) Nossas escolas passaram a ter médias semelhantes, (a notas no Ideb, medição oficial do MEC) entre 6 e 7."
Para Francisca Pereira Maciel, diretora do Centro de Alfabetização, Leitura e Escrita (Ceale) da UFMG, o Brasil já tem uma variedade de métodos e estratégias de alfabetização para atender as necessidades das escolas, materiais didáticos adequados e até bibliotecas bem equipadas em boa parte das redes do país.
Mas ainda tem gargalos que dificultam que exemplos como os de Oeiras e da Casa Meio Norte se tornem mais comuns: além de fragilidades na formação universitária de professores plenamente hábeis a alfabetizar, o principal obstáculo é a criação de um compromisso com a alfabetização e de um projeto coletivo.
"E esse não pode ser um compromisso do professor sozinho, mas sim um objetivo compartilhado (em cada rede e em plano nacional)", diz à BBC News Brasil. "O que temos hoje é a descontinuidade, a falta de apoio ao professor e a dificuldade dele em compartilhar tanto suas coisas legais como suas dúvidas."
Embora não tenha estudado o Projeto Borboleta a fundo, Maciel diz que um mérito do projeto é ter conseguido "trabalhar a leitura e a escrita em contexto com a cultura no entorno da escola e criar um coletivo que permitiu a formação de todos os professores (em torno de um objetivo comum)."

Analfabetismo no Brasil

Apesar de avanços no combate ao analfabetismo, o Brasil ainda tem enormes desafios nessas áreas.
Ao 3º ano do ensino fundamental (ou seja, o final ciclo final da alfabetização), apenas 66,2% dos alunos brasileiros tinham aprendizado adequado em escrita e 78,3% em leitura, segundo dados de 2016 (os mais recentes) do Ideb.
Para além das crianças, segundo dados do IBGE, o país passou de 11,4% de jovens ou adultos analfabetos em 2004 para 7% em 2017, mas isso ainda equivale a 11,5 milhões de pessoas que não sabem ler nem escrever.
No Piauí essa taxa era 16,6% em 2017, a segunda mais alta do país, atrás apenas do Maranhão (16,7%), de acordo com o IBGE.
Já o número de analfabetos funcionais - capazes de escrever o próprio nome, mas não de interpretar um texto ou realizar operações matemáticas cotidianas, por exemplo - é muito maior: cerca de 30% da população brasileira.
A alfabetização foi um dos assuntos no centro de polêmicas neste ano no MEC, que em abril lançou a Política Nacional para essa etapa, com a intenção de "fundamentar em evidências científicas suas políticas públicas para a alfabetização", e gerou um debate diante da sinalização de que o método chamado de "fônico" (que associa letras aos fonemas) seria privilegiado em detrimento de outros.
Isso levou a críticas de diversos especialistas, por discordarem ou do método fônico ou da ideia de que uma única metodologia seja estimulada pelo ministério.
Francisca Maciel, do Ceale-UFMG, diz que favorecer um ou outro método "fere a autonomia da escola e não dá garantia nenhuma de aprendizado".
"O que é necessário é um compromisso para que as crianças sejam alfabetizadas com a capacidade de fazer uso social (da leitura e dar escrita), que faça sentido para além das quatro paredes da escola. Caso contrário, vira algo mecanizado. Onde ficam o prazer e o sentido do aprendizado?"
Para Ruthneia Lima, da Casa Meio Norte, as discussões em torno dos métodos acaba tirando o foco da necessidade de cada professor aprender com as dificuldades reais de seus alunos, individualmente.
"É o aluno que empurra o professor a aprender (a ensinar)", argumenta.
Outra estratégia, disse Tiana Tapety, de Oeiras, é a escola puxar para si plenamente a tarefa de alfabetizar as crianças, sem esperar contrapartidas de famílias muitas vezes desestruturadas e pouco escolarizadas.
Ela citou, por exemplo, uma grande quantidade de crianças de Oeiras que são criadas apenas pelas avós.
"Como vamos mandar uma tarefa de casa para um menino cuja avó não sabe ler?", questionou ela no evento da FGV. "Então, temos que valorizar o tempo dela na escola. Se a família não consegue, nós vamos fazer mais pela criança. (...) Se ela não aprendeu, a gente retoma. Nenhum aluno a menos."
Ruthneia Lima conta que, nos 19 anos em que ajuda a comandar a Casa Meio Norte, "perdemos 30 crianças para a maginalidade. Mas também temos meninos que foram para a universidade e se formaram em Enfermagem, Bioquímica, Psicologia".
"Ainda estou pesquisando o motivo, mas vejo que (nossa estratégia) se sobressai principalmente nas escolas de zona rural. Eu acho que é porque alavanca a autoestima dos alunos. Eles ficam empoderados para ler. Meu sonho é que cada criança do Piauí mostre que é uma pessoa capaz de aprender."

https://www.bbc.com/

terça-feira, 28 de maio de 2019

Prefeitura de SP abre concurso com mais de 1.700 vagas para profissionais de educação

Oportunidades são para profissionais com nível médio e superior. Salários chegam a R$ 5.187,01 para cargo de coordenador pedagógico.

Por G1
A Prefeitura Municipal de São Paulo lançou os editais dos concursos públicos destinados a 1.737 vagas na Secretaria de Educação.
São 1.109 vagas para o cargo de "Auxiliar Técnico de Educação", com exigência de nível médio, e 628 vagas para o cargo de "Coordenador Pedagógico", que exige Nível Superior e experiência de 3 anos no exercício do magistério. A remuneração inicial oferecida é de R$ 1.541,14 a R$ 5.187,01.
Os interessados poderão se inscrever entre os dias 4 de junho e 5 de julho de 2019, exclusivamente pela internet, no portal da Fundação Vunesp (www.vunesp.com.br).
A primeira etapa de aplicação de provas está prevista para ocorrer no dia 1º de setembro.
https://g1.globo.com/

segunda-feira, 27 de maio de 2019

Assinado o contrato para o Concurso Público da Educação Municipal de Cuiabá



No Diário Eletrônico de Contas desta segunda-feira (27/05) foi publicado o Extrato de Contrato celebrado entre a Secretaria Municipal de Educação de Cuiabá - SME e o Instituto Nacional de Seleções e Concursos - SELECON. 

A contratada tem a responsabilidade pela divulgação, publicações, inscrições, avisos, aplicação de provas escritas e práticas, análise de títulos, correções, recursos, resultados e logística, com vistas a realização do Concurso Público para a Educação de Cuiabá. 

Agora cabe à contratada iniciar os trabalhos para a publicação do Edital onde estarão estabelecidas as regras para o concurso, entre elas os conteúdos, as vagas e data de realização do certame. 




















Escolas amanhecem vazias no primeiro dia de greve da rede estadual em Cuiabá

THAIZA ASSUNÇÃO
DA REDAÇÃO
Foto:Alair Ribeiro/MidiaNews














Portôes fechados. Pátios e salas de aulas vazios. Foi assim que a maioria das escolas 
estaduais amanheceu nesta segunda-feira (27), no primeiro dia da greve da Educação, 
em Cuiabá.   

De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep-MT), 
das 73 escolas da Capital, 67 aderiram à paralisação. No interior do Estado, ainda não há 
dados. O Governo não irá se manifestar.
Os profissionais decidiram entrar em greve, por tempo indeterminado, no último dia 20.  

Eles cobram o cumprimento da lei da dobra do poder de compra - aprovada em 2013, na gestão do 
ex-governador Silval Barbosa, e que dá direito a 7,69% a mais anualmente na remuneração durante 
10 anos - e a Revisão Geral Anual (RGA).

Os profissionais ainda reivindicam o fim do escalonamento salarial, realização de um concurso público 
e um calendário para melhorar a infraestrutura das escolas. 

Nesta manhã, a reportagem esteve nas 
escolas Liceu Cuiabano Maria de Arruda Müller, 
Presidente Médici e Nilo Póvoas, consideradas 
as maiores da cidade, e todas elas aderiram 
à greve. Todos os alunos foram avisados com 
antecedência e não compareceram 
nas unidades.

No Liceu, todos os portões estavam trancados. 
De longe, foi possível notar apenas o vigilante 
no local.

Já no Médici e Nilo Póvoas, apesar da greve,
alguns profissionais da diretoria e secretaria encontravam-se trabalhando.

A diretora do Médici, Elina Padilha Fernandes, afirmou que apoia a greve como professora, mas 
disse que como gestora, não enxerga a paralisação com bons olhos.

“É realmente um dilema. Como professora, apoio a greve, pois é um direito que inclusive já foi 
conquistado lá atrás em outra greve, mas que não está sendo cumprido", disse.

"Como gestora, porém, não é interessante, tendo em vista o descumprimento do calendário
Alair Ribeiro/MidiaNews
Escola Estadual Nilo Povoas
A Escola Lino Póvoas também aderiu à greve
escolar. Além disso, há toda uma 
preocupação com os alunos do 
terceiro ano que vão prestar o Enem
[Exame Nacional de Médio] em novembro. 
Esperamos que tudo se resolva o mais
 rápido possível”, afirmou. 
Manifestação

O diretor do Sintep, Henrique Lopes 
informou que a categoria se prepara para 
uma manifestação em frente à Secretaria 
de Estado de Educação (Seduc), às 14h.

Para ele, o primeiro dia de movimento já 
começou forte e tem tudo para crescer 
nos próximos dias.

“Os números demostram que mais de 90% das escolas de Cuiabá aderiram. Apenas algumas escolas 
na periferia e outras especiais estão funcionando”, disse.

Segundo ele,  o sindicato ainda contabiliza o total de escolas paralisadas no interior do Estado. 

“Mas com certeza a adesão deve aumentar nos próximos dias e o Governo terá que sentar com a 
categoria para construir um acordo. Nossa greve não é por motivo banal, queremos que o Governo 
apenas cumpra a lei”, pontuou.
https://www.midianews.com.br/

sábado, 25 de maio de 2019

Governo lança mapa político-administrativo atualizado

Documento expressa de forma gráfica todos limites territoriais de Mato Grosso, relevo, hidrografia, malha viária, e territórios legalmente instituídos.
Lorena Bruschi Secom-MT 

O Instituto de Terras de Mato Grosso (Intermat) lançou o mapa político-administrativo de Mato Grosso de 2019.  O documento atualizado possibilita o controle e a fiscalização de desmatamentos e queimadas irregulares, é utilizado como base para o cadastro das propriedades rurais, projetos de Manejo Florestal, para levantamento de tipos de atividade econômica nas áreas rurais, e até para o policiamento da Fronteira.
Conforme a coordenadora de Cartografia do Intermat, Ligia Camargo, o mapa representa cartograficamente todas as Terras Indígenas, Unidades de Conservação, Territórios Quilombolas, e outras áreas legalmente instituídas no Estado, como por exemplo, a área do Pantanal. Todas as representações tomam como base Leis estaduais, municipais, e até federais, que instituem os perímetros e limites.
O setor elabora ainda, com base no mapa, a certidão de domicílio tributário. Este documento oficial determina para qual município a propriedade ou empreendimento rural deve recolher seus impostos. A atribuição de emissão dessa certidão é designada pela Secretaria estadual de Fazenda por meio de portaria.
“A equipe vai à campo, confirma as coordenadas da sede, e se a propriedade estiver recolhendo seus tributos para o município errado, esta certidão possibilita que o proprietário se regularize na Sefaz”, explica a especialista. A avaliação é feita com base nos limites oficiais dos municípios previstos em Lei.

O mapa completo está liberado para consulta no site do órgão na escala de base geográfica, na proporção de 1:1.500.000. O documento pode ser acessado na íntegra CLICANDO AQUI.
Setor cartográfico
A cartografia deixou de fazer parte da extinta Secretaria de Planejamento (Seplan) e passou a integrar o quadro de atribuições do Intermat a partir da reforma administrativa deste ano. A missão do setor é produzir, atualizar, e disponibilizar ao público em geral a base cartográfica do Estado.
A equipe é responsável pela contagem populacional para emancipação de municípios e criação de distritos, atualização das divisas municipais, e pareceres técnicos relacionados a elementos que integram a base cartográfica, como por exemplo o ICMS ecológico, e a extensão viária.
Na prática, entre outras funções, a equipe técnica coloca no mapa todos os territórios que são instituídos por Lei, e constrói ainda mapas temáticos de solo, vegetação, geologia, estradas, entre outras coisas.
http://www.mt.gov.br/

sexta-feira, 24 de maio de 2019

Estudante de Osório premiada nos EUA será nome de um asteroide: 'Muito inacreditável'

Por Carolina Cattaneo, G1 RS
Juliana se emociona ao receber o anúncio de que havia ganho o prêmio — Foto: ISEF/Divulgação
A estudante gaúcha Juliana Estradioto, de 18 anos, egressa do Instituto Federal do Rio Grande do Sul (IFRS), será nome de um asteroide. A oportunidade é dada para os vencedores que ficam em primeiro e segundo lugar em cada categoria da International Science and Engineering Fair (Isef), evento considerado a maior feira de ciências do mundo.
A jovem ficou em primeiro lugar na categoria de Ciências Materiais. O resultado foi anunciado na sexta-feira (17), no evento que ocorreu em Phoenix, no Arizona, Estados Unidos. A feira contou com a participação de mais de 1,8 mil estudantes de ensino médio de 80 países.
"Muito inacreditável. Parece mentira, nunca pude imaginar que ia conseguir primeiro lugar nesta premiação. Fico muito realizada em representar como investir nos jovens é importante. Quanto ao asteroide, é muito impactante. Quando eles anunciam a premiação, eles mostram um vídeo com cientistas importantes que deram seus nomes a asteroides", afirmou Juliana ao G1.
Foi a terceira vez que Juliana participou do evento. Ela elaborou a pesquisa vencedora quando cursava Técnico de Administração Integrado ao Ensino Médio no Campus Osório do IFRS, no Litoral Norte do estado, segundo informou a instituição. A pesquisa teve orientação da professora Flávia Twardowski e coordenação do professor Thiago Maduro.
"Muito orgulhosa de ter acompanhado toda essa caminhada dela. Desde que ela entrou no Instituto [Federal do Rio Grande do Sul], é orientada por mim. Viajamos várias vezes juntas em competições. É uma honra ser professora dela e poder ter apresentado a importância da pesquisa", conta Flávia.
O programa Ceres Connection, em parceria com o MIT Lincoln Laboratories, dá nome de estudantes e professores premiados para asteroides. Desde 2001, mais de 4 mil objetos receberam nomes dos vencedores.
"Eu já tinha participado da feira outras vezes. É um marco poder estar lá. Ter participado da pesquisa no ensino básico mudou minha vida. Um dos meus sonhos é que todos os jovens possam ter esse tipo de contato com a pesquisa", acrescenta Juliana.
"A ciência tem que ser mais popular. Foi muito importante para mim, a educação e a ciência são transformadoras."


Premiação na feira

O estudo de Juliana aborda o aproveitamento da casca da noz macadâmia para confeccionar uma membrana biodegradável, que pode ser utilizada em curativos de pele ou em embalagens, substituindo o material sintético. Além de contribuir com a sustentabilidade, o material é mais econômico. 
"Material bem multifuncional, que tem potencial e pode ser explorado de muitas formas. São utilizados em curativos, então pode auxiliar na medicina, na saúde das pessoas. A ciência está ligada ao cotidiano e deve ser valorizada", conta Juliana.
Juliana se credenciou para participar do evento norte-americano ao participar da Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (Febrace), em março deste ano, na Universidade de São Paulo (USP).
No evento, o projeto da gaúcha conquistou o 1º lugar em Ciências Agrárias, o 2° lugar no Prêmio Sociedade Brasileira de Bioquímica e Biologia Molecular e o Prêmio Destaque Unidades da Federação como melhor trabalho do estado.
No ano passado, ela havia recebido o prêmio de Jovem Cientista na categoria Ensino Médio, com o projeto "Desenvolvimento de um filme plástico biodegradável a partir do resíduo agroindustrial do maracujá", também desenvolvido no IFRS.

https://g1.globo.com/rs/

Prêmios de Alfabetização da UNESCO de 2019 estão abertos para inscrições e indicações

A UNESCO abriu para inscrições e indicações os seus Prêmios Internacionais de Alfabetização que, neste ano, irão reconhecer programas e indivíduos que promovam de maneira excepcional a alfabetização ao redor do mundo sob o tema Alfabetização e Multilinguismo.


Desde 1967, os Prêmios Internacionais da UNESCO de Alfabetização reconhecem iniciativas de excelência e inovação no campo da alfabetização. Mais de 490 projetos e programas realizados por governos, organizações não-governamentais e indivíduos ao redor do mundo já foram premiados e apoiados em seus excelentes trabalhos.

O multilinguismo é um bem tanto para a alfabetização quanto para o desenvolvimento educacional em geral e, em particular, para o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 4 (ODS4) e a sua meta 4.6 que trata da qualidade inclusiva e da expansão do acesso à educação. A educação multilíngue facilita o acesso à educação enquanto promove equidade para as minorias que falam línguas não-oficiais e indígenas, especialmente meninas e mulheres.

Por meio desses dois prestigiados prêmios, a UNESCO apoia a eficiência de práticas de alfabetização e encoraja a promoção de sociedades alfabetizadas para diminuir a lacuna de aproximadamente 750 milhões de analfabetos.

A UNESCO possui dois diferentes prêmios de alfabetização:

O Prêmio UNESCO-Rei Sejong de Alfabetização (dois premiados) foi estabelecido em 1989 e é apoiado pelo Governo da República da Coréia. Ele considera especialmente programas que focam no desenvolvimento e na utilização da língua materna na alfabetização durante a educação e treinamentos.

O Prêmio UNESCO-Confúcio para a Alfabetização (três premiados) foi criado em 2005 e é apoiado pelo Governo da República dos Povos da China. Esse prêmio reconhece programas que promovem a alfabetização de adultos, especialmente em áreas rurais e jovens que estão fora das escolas, especialmente meninas e mulheres.

Cada um dos vencedores dos prêmios recebem uma medalha, um diploma e 20 mil dólares.

Quem pode se candidatar e quem pode indicar?

Governos, organizações não-governamentais e indivíduos são convidados a participar. Todos os formulários de inscrição devem ser submetidos às entidades de indicação, como Comissões Nacionais da UNESCO no país do programa, ou alguma ONG que já tenha parceria oficial com a UNESCO. Os formulários de inscrição devem ser submetidos por meio de uma plataforma online. Informações detalhadas sobre o processo de candidatura e indicação podem ser encontradas no site dos Prêmios Internacionais de Alfabetização da UNESCO.
Todos os programas e projetos devem obedecer os critérios de seleção (link em inglês) para serem considerados.

Governos dos Estados-membros da UNESCO e Organizações Não-Governamentais em parceria oficial com a UNESCO são encorajados a levar em consideração indivíduos, instituições e organizações que tenham feito contribuições excelentes para a promoção da alfabetização e que tenham requisitado a indicação.

O prazo para encaminhar as candidaturas para as entidades de indicação vai até 16/06/2019, a meia noite do horário de Paris (19h do dia 15/06/2019, no horário de Brasília). O prazo para que as entidades de indicação submetam as suas indicações para a UNESCO vai até 23/06/2019, a meia noite do horário de Paris (19h do dia 22/06/2019, no horário de Brasília).

As indicações serão avaliadas um júri internacional independente, composto por cinco especialistas nos critérios de seleção (link em inglês). Com base nas recomendações do júri, a Diretora-Geral da UNESCO, Audrey Azoulay, irá selecionar os finalistas para a cerimônia de premiação que acontecerá por ocasião do Dia Internacional da Alfabetização (08/09/2019).

•    Veja outras informações no site dos Prêmios
•    Contato: literacyprizes(at)unesco.org

http://www.unesco.org/

Declaração para um novo ano

20 para 21  Certamente tivemos que fazer muitas mudanças naquilo que planejamos em 2019. Iniciamos 2020 e uma pandemia nos assolou, fazendo-...