segunda-feira, 25 de março de 2019

Professores cruzam os braços no dia 24/04 contra falta de condições de trabalho e aprovam indicativo de greve

Da Redação - Fabiana Mendes e José Salvani
O Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep/MT) irá paralisar as atividades por 24 horas no próximo dia 24 de abril, por conta da falta de condições de trabalho e também contra a reforma da Previdência proposta pelo Governo Federal. A decisão foi tomada durante Assembleia Geral na tarde desta segunda-feira (24), Escola Estadual Professor Nilo Póvoas, em Cuiabá. 

A categoria deverá aguardar até o dia 20 do mesmo mês para que o Governo Estadual atenda as demandas. No entanto, já existe o indicativo de grave, que pode ser deflagrada a qualquer momento, caso exista movimentação para retirada de direitos, afirma o sindicato.
 
O sindicato aponta que o indicativo de greve aconteceu diante do que eles chamam de desmonte da educação pública na rede estadual, frente a falta de condições de infraestrutura das escolas, ausência profissionais nas unidades para atender a demanda, problemas com recursos da merenda escolar e, até mesmo falta de material administrativo, como papel para impressão de provas. O debate ocorre as véspera da data-base da categoria, no mês de maio. 
 
O presidente do Sintep, Valdeir Pereira, disse ao Olhar Direto que a paralisação geral nos 103 municípios pode não ser deflagrada, caso o Governo cumpra a política de isenção e renuncia fiscal. “Só basta o Governo cumprir o que está estabelecido na Constituição do Estado, que diz que na política de isenção e renuncia fiscal, os recursos da educação devem ser preservados. Que ele teria recurso suficiente para reformar e construir escolas no Estado inteiro. Só basta essa politica”, afirma.
 
O professor Francisco Santino da Silva, de 60 anos, atua como professor há 32 anos. Ele é favorável à greve. “Por mim, seria agora. Mas como tem todo esse contexto, a gente tem que entrar em um consenso e fazer com que esta greve seja construída em outros municípios, para termos força. A nossa luta depende da força”, contou.
 
No dia da paralisação geral estão previstos atos nas assessorias pedagógicas dos municípios e na Secretaria Estadual de Educação (Seduc), no Centro Político
Administrativo (CPA).



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