quarta-feira, 31 de agosto de 2016

Unemat (Barra do Bugres) oferta vagas para mestrado em Ensino de Ciências e Matemática

 
O período de inscrição para ingresso no programa de pós-graduação Stricto Sensu em Ensino de Ciências e Matemática (PPGECM) em nível de mestrado acadêmico da Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat) inicia na próxima quinta-feira (01.09) e encerra em 30 de setembro. O formulário de inscrição está disponível em www.novoportal.unemat.br/?pg=site&i=ppgecm-barra-do-bugres.

Após o pagamento da taxa de inscrição de 50 reais a documentação exigida no edital Nº 004/2016/PPGECM deverá ser encaminhada pelo Correio, via Sedex, ou entregue pessoalmente na secretaria do PPGECM das 8h às 11h e das 14h às 16, de segunda a sexta-feira no câmpus da Unemat em Barra do Bugres.  
São 15 vagas para a área de concentração Ensino de Ciências e Matemática distribuídas em duas linhas de pesquisa. Para Ensino, aprendizagem e formação de professores em Ciências e Matemática são ofertadas nove vagas já para Tecnologias digitais no ensino de Ciências e Matemática seis.

Para concorrer é necessário possuir diploma de conclusão de curso superior em Matemática, Química, Biologia, Física, Pedagogia e áreas afins ou comprovar ser acadêmico em conclusão dos mesmos cursos. Entre os requisitos exigidos estão duas cartas de recomendação, Curriculum Vitae impresso da plataforma Lattes (CNPq) comprovado dos últimos três anos e pré-projeto de Pesquisa.

A seleção dos candidatos, que passarão por quatro etapas, será feita pelos docentes do PPGECM. A primeira etapa compreende a prova escrita, de caráter eliminatório, em 25 de outubro. Na sequência Análise de Pré-projeto de pesquisa e Análise de Currículo Lattes. Na quarta etapa os candidatos passarão por entrevista individual de 15 minutos nos dias 21 e 22 de novembro. Os candidatos aprovados na prova escrita e que não possuem proficiência em Língua Estrangeira farão exame de proficiência em inglês ou espanhol no dia 21 de novembro. As provas serão realizadas no campus da Unemat, em Barra do Bugres.

O resultado preliminar será divulgado no dia 25 de novembro e o final no dia 30 do mesmo mês. Os candidatos selecionados deverão efetuar suas matrículas nos dias 09 e 10 de fevereiro de 2017 no PPGECM. Em segunda chamada as matrículas ocorrerão no dia 14. 
O Edital 004/2016/PPGECM e todas as publicações e divulgações pertinentes a ele serão disponibilizadas no endereço eletrônico 
 
Endereço: 
Unemat/Barra do Bugres
Campus Universitário Deputado Estadual Renê Barbour
Programa de pós-graduação stricto sensu em Ensino de Ciências e Matemática
Rua A s/n, Bairro Cohab São Raimundo
http://portal.unemat.br/?pg=noticia/10299

terça-feira, 30 de agosto de 2016

Adolescentes deixam escola para buscar emprego


Daniela Amorim e Nathália Larghi
A deterioração no mercado de trabalho levou a um aumento na busca de adolescentes por emprego, o que está ajudando a piorar a evasão escolar no País. A taxa de desemprego na faixa etária entre 14 e 17 anos foi a que registrou maior aumento no segundo trimestre de 2016 ante o mesmo período do ano anterior: passou de 24,4% para 38,7%. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), apurados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
No entanto, a deterioração na taxa de desemprego entre adolescentes - e na média do mercado de trabalho como um todo - começou um ano antes, em 2015. O resultado coincide com uma queda mais acentuada nas matrículas do ensino médio, apontada pelo último censo do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).
No ano passado, o número de jovens matriculados no Ensino Médio teve uma queda de 2,7% em relação a 2014, quase três vezes mais do que a taxa registrada em anos anteriores. Desde 2007 essa variação não chegava a 1%. O resultado da evasão registrada na passagem de 2014 para 2015 equivale a 224 mil adolescentes a menos na escola.
"À medida que as pessoas de mais importância no domicílio perdem o emprego, a tendência é que os outros moradores busquem um trabalho ou ajudem um parente em alguma atividade para complementar a renda da família. Durante a crise, a perda do emprego tem esse efeito de abandono escolar, de queda nas matrículas", explicou Sandro Sacchet, pesquisador da Diretoria de Estudos Macroeconômicos do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).
O aumento na taxa de desemprego entre os adolescentes acompanha a deterioração no mercado de trabalho como um todo. No segundo trimestre de 2014, a taxa de desocupação entre os adolescentes estava em 20,9%, enquanto a taxa de desemprego na economia como um todo era de apenas 6,8%. A exemplo do que ocorreu entre os adolescentes, um ano depois, a taxa de desocupação no País tinha saltado para 8,3%. Em 2016, alcançou 11,3%.
O aumento no número de jovens em busca de uma vaga acompanha, sobretudo, a perda do emprego pelos chefes de família, grupo majoritariamente formado por pessoas entre 40 a 59 anos. Segundo avaliação do coordenador de Trabalho e Rendimento do IBGE, Cimar Azeredo, a redução no número de postos com carteira assinada e a queda na renda do trabalhador são os fatores que levam a maior busca por uma vaga. Os demais integrantes da família, que não trabalhavam, passam a procurar um emprego para ajudar a compor a renda e estabilidade perdidas.
"A recessão, que reduziu a renda familiar, obriga pessoas a voltarem o foco para o mercado de trabalho. Às vezes, as pessoas não conseguem estudar e trabalhar ao mesmo tempo e vão só procurar emprego. Agora é um momento em que falta dinheiro em casa, então o filho também vai buscar trabalho", explicou Fernando de Holanda Barbosa Filho, pesquisador de Economia Aplicada do IBRE/FGV.
As duas principais razões para a evasão escolar são o mau rendimento e o trabalho infantil, de acordo com um relatório do Unicef, citado pela secretária Executiva do Fórum Nacional de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil (FNPETI), Isa de Oliveira.
"A Pnad não mede a qualidade do trabalho que está sendo procurado. O único trabalho permitido legalmente para adolescentes de 14 a 17 anos é o de aprendiz. Em geral, as outras formas de ocupação de adolescentes são degradantes, penosas e perigosas", alertou Isa.
Demografia e alta taxa de reprovação afetam o resultado
Para Carlos Eduardo Moreno Sampaio, diretor de estatísticas educacionais do INEP, Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira, a queda na taxa de matrículos no ensino médio pode ter relação com fatores demográficos e "imprevistos" na vida escolar. A queda na taxa de fecundidade tem impacto direto na população, o que faz com que o número de jovens diminua e reduza a taxa de matrículas.
Entretanto, a Pnad Contínua aponta um crescimento na população em idade de trabalhar - que engloba todas as pessoas acima de 14 anos. "Como há um gargalo na porcentagem de jovens matriculados no ensino médio, o ideal é que aumente o número, mesmo se a população jovem diminuir", diz Barbosa Filho, pesquisador do IBRE/FGV.
Além do fator populacional, Sampaio destaca as taxas de aprovação nas últimas séries do ensino fundamental: como há mais reprovados, menos jovens estariam aptos a ingressar no ensino médio. "Este é o problema mais grave: muitos reprovam no nono ano", diz Sampaio. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.


http://www.atarde.uol.com.br/economia/noticias/1797788-adolescentes-deixam-escola-para-buscar-emprego

sábado, 27 de agosto de 2016

Por que a escola do seu filho é chata?

Priscila Cruz


Sabemos da importância da educação para a juventude como garantia de uma vida plena e com oportunidades relevantes, mas como lidar com a reclamação – frequente – de que "a escola é chata"?
Parece apenas uma desculpa esfarrapada para não estudar. Mas será que é mesmo? Vamos refletir um pouco sobre como é hoje o ensino médio na maioria das escolas públicas e particulares no Brasil:
  • tem, pelo menos, 13 disciplinas obrigatórias – número que varia de acordo com cada estado;
  • a carga horária é de 4 horas de aula por dia, tempo insuficiente para aprender bem todo esse conteúdo. O contato dos alunos com algumas matérias é de uma aula apenas – menos de uma hora – por semana;
  • os conteúdos são fragmentados – a aula de biologia não tem integração com a de química, por exemplo;
  • as aulas são majoritariamente expositivas – os jovens têm pouco ou nenhum protagonismo em seu próprio aprendizado;
  • é um sistema que incentiva a "decoreba" com o objetivo de passar nos vestibulares – o que, mesmo assim, somente os alunos de algumas poucas instituições acabam conseguindo;
  • e esse currículo enciclopédico vale para absolutamente todos os estudantes; não há diferentes trajetórias possíveis.
Você ainda acha que os jovens que reclamam da escola estão de todo errados?
Vários países do mundo já perceberam que um mesmo modelo de escola não serve a toda a diversidade da juventude. É por isso que a reforma do ensino médio é um assunto discutido há anos. Porém, nunca chegamos a um consenso, mesmo sabendo que não é segredo para ninguém que essa etapa é um dos maiores gargalos da educação brasileira. O debate é delicado, pois qualquer decisão impacta a vida de milhões de jovens de todas as regiões e estratos sociais. Mas isso não pode ser uma desculpa para não mudarmos algo que não está bom.
Por exemplo, há um Projeto de Lei de reforma do ensino médio em tramitação desde 2013. Com o objetivo de tornar o ensino médio mais próximo da realidade, dos interesses e das necessidades dos jovens, esse PL propõe:
  • flexibilizar o currículo, mantendo uma base comum, mas permitindo ao aluno decidir em que áreas de conhecimento quer se aprofundar;
  • oferecer opções de formação mais acadêmica – voltada à entrada no ensino superior – ou mais profissional – orientada para a entrada no mercado de trabalho;
  • universalizar progressivamente a educação em tempo integral, de forma a possibilitar que todos os alunos tenham uma base de conhecimento comum e tempo para se dedicar às trajetórias formativas que escolherem.  
Enfim, são diversas as possibilidades, mas duas coisas não podem sair do nosso horizonte: a urgência da transformação do ensino médio e a clareza de que nada pode ser decidido sem ouvir aqueles que serão atingidos pelas mudanças: os próprios jovens.

PRISCILA CRUZ

Priscila Cruz é fundadora e presidente-executiva do movimento Todos Pela Educação. Graduada em Administração (FGV) e Direito (USP), mestre em Administração Pública (Harvard Kennedy School), foi coordenadora do ano do voluntariado no Brasil e do Instituto Faça Parte, que ajudou a fundar.

http://educacao.uol.com.br/colunas/priscila-cruz/2016/08/24/por-que-a-escola-do-seu-filho-e-chata.htm

Cerca de 40% dos jovens do 9º ano consomem doces em mais de 5 dias por semana


Quase 195 mil alunos do 9º ano (7,4%) afirmaram ter sofrido bullying; principais motivos foram a aparência do corpo (15,6%) e rosto (10,9%)



Flávia Villela - Repórter da Agência Brasil

Problema de saúde pública cada vez mais preocupante entre os adolescentes, a má alimentação foi registrada também nos hábitos dos estudantes brasileiros. De acordo com os dados da Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar - Pense 2015 -, divulgada hoje (26), dos cerca de 2,6 milhões de estudantes que cursavam o 9º ano do ensino fundamental em 2015, 41,6% consumiam guloseimas cinco dias ou mais em uma semana normal.
Mais da metade desses estudantes (61,5%) informou comer raramente ou nunca a comida ofertada pela escola gratuitamente, com alimentos saudáveis. Em 54% de escolas públicas, há cantinas ou ponto alternativo de venda, onde são vendidos alimentos considerados pouco nutritivos e inadequados. Na rede privada, esse percentual atinge 92%.


Veja também informações sobre sexo e uso de drogas 
http://agenciabrasil.ebc.com.br/pesquisa-e-inovacao/noticia/2016-08/pesquisa-sexo-para-275-dos-alunos-do-9o-ano-do-ensino

sexta-feira, 26 de agosto de 2016

7 ferramentas para criar histórias em quadrinhos com os alunos


Confira a lista:
Pixton
A ferramenta permite criar e compartilhar histórias com diferentes opções de cenários, personagens e expressões. A Pixton também oferece opções de contas para escolas e professores, que contam com um espaço privado para reunir alunos, criar quadrinhos em grupos, gravar narrações e até mesmo trabalhar com ferramentas de avaliação.
Create Your Own Comic
Que tal incentivar a produção de histórias utilizando os personagens da Marvel? O site Create Your Own Comic permite montar quadrinhos com Capitão América, Homem-Aranha, Hulk e tantos outros. São diversos templates diferentes que possibilitam criar uma revistinha para salvar, imprimir e até mesmo compartilhar.
GoAnimate
Para quem deseja dar vida aos quadrinhos, o site GoAnimate ajuda a montar pequenas animações. Ele oferece personagens, cenários e objetos prontos para serem personalizados por professores, alunos e outros usuários.
ReadWriteThink
A ferramenta permite escolher diferentes templates para criar histórias. Em cada quadrinho, o usuário pode incluir personagens, objetos, balõezinhos e textos. Ao terminar, ele pode imprimir sua revistinha para colorir.
ToonDoo
O ToonDoo traz diversas ferramentas para auxiliar na produção de histórias em quadrinhos. São várias opções de cenários, personagens, objetos, carimbos e balõezinhos, além de também permitir a inclusão de fotos.
Stripcreator
O Stripcreator possibilita criar e compartilhar histórias curtas, com até três quadrinhos. No site, o usuário consegue escolher entre diversos personagens e cenários para montar a sua tirinha e compartilhar a sua criação.
Pencil
Para professores e alunos que desejam criar suas próprias ilustrações, o programa Pencil pode ser uma boa solução. Desenvolvido para possibilitar a elaboração de desenhos à mão e no estilo cartoon, ele é considerado uma alternativa para criar animações em 2D de forma simples.

http://porvir.org/7-ferramentas-para-criar-historias-em-quadrinhos-os-alunos/

quinta-feira, 25 de agosto de 2016

Consulta Pública sobre o Projeto de Lei "Programa Escola sem Partido"


Está em tramitação no Senado Federal o PLS 193/2016, de autoria do Senador Magno Malta (PR-ES) que "inclui entre as diretrizes e bases da educação nacional, de que trata a Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, o "Programa Escola sem Partido".

O Senado Federal disponibilizou em seu portal uma consulta para a população opinar. É importante que antes do simples clicar a favor ou contra que seja lido a íntegra do PL, disponível no Portal. Até esta data já foram mais de 374 mil manifestações, sendo a maioria contrária ao PL.
O Blog vai acompanhar a tramitação do PL, que hoje tem como Relator o Senador Cristovam Buarque (PDT-DF).

Para participar acesse a Consulta Pública.

quarta-feira, 24 de agosto de 2016

FNDE abre inscrições para capacitação de Conselheiros do Fundeb



Escrito por  Assessoria de Comunicação Social do FNDE
O Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) abriu inscrições para o curso de capacitação para conselheiros titulares do Conselho de Acompanhamento e Controle Social (Cacs) do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb). As inscrições vão até 31 de agosto e o curso será pela modalidade à distância, com carga horária de 60 horas.
O curso está previsto para começar no próximo dia 1º de setembro e vai até dia 30 do mesmo mês. O formulário para inscrição está disponível no portal do FNDE em http://www.fnde.gov.br/programas/formacao-pela-escola/formacao-pela-escola-consultas. Após o preenchimento do formulário, será necessário enviar para o endereço de e-mail: informar@fnde.gov.br. Em caso de dúvidas, o candidato poderá pedir esclarecimento pelos telefones (61) 2022-5450/ 5392 / 5913/ 5391 / 5451 / 5171.
Podem participar desde gestor em educação, secretários de educação, professores, técnicos em prestação de contas, contadores, conselheiros que já atuam em secretarias municipais e estaduais de educação, entre outros.






Concurso Público para a Educação de Mato Grosso



Está publicada na Imprensa Oficial de Mato Grosso a  Portaria  (clique para ver) que constitui a Comissão Especial de Concurso Público para os Profissionais da Educação Básica. O Concurso foi um dos pontos de pauta que geraram embates entre o Governo e o Sindicato da categoria durante a mais recente paralisação neste ano.  

Ainda não está definido o número de vagas para cada cargo. No entanto, seja ele qual for,  um critério deve existir: nota de corte. Há muito é inaceitável a classificação de todos. Se é para fazer uma educação melhor, que sejam selecionados os melhores, desde o início. Assim, o investimento a ser feito será em qualificação profissional e não em reparos da má formação inicial. seguem

terça-feira, 23 de agosto de 2016

Adepe-MT: Seduc e CAEd publicam Revistas Pedagógicas


Revista da Gestão Escolar
Revista do Sistema de Avaliação
A Secretaria de Estado da Educação, Esporte e Lazer (Seduc), em parceria com o Centro de Políticas Públicas e Avaliação da Educação da Universidade Federal de Juiz de Fora (CAEd/UFJF), publicou as versões online das Revistas da Gestão Escolar, do Sistema de Avaliação e Pedagógicas – por disciplina avaliada (Língua Portuguesa e Matemática), da Avaliação Diagnóstica do Ensino Público Estadual de Mato Grosso (Adepe-MT). Os documentos apresentam análise e reflexões importantes sobre a avaliação realizada em 29 e 30 de março deste ano, com 163.214 alunos da rede estadual de ensino.
O objetivo da avaliação é conhecer o nível de proficiência dos estudantes, a partir da realidade e dos elementos curriculares do contexto local. Agora, de posse dos indicadores das necessidades a intenção da Seduc é desencadear ações de intervenção pedagógica nas escolas.
De acordo com o Superintendente de Formação dos Profissionais da Educação da Educação Básica da Seduc-MT, Prof. Dr. Kilwangy Kya Kapitango-a-Samba, com as revistas os professores e gestores terão à disposição descrições sobre avaliação em larga escala, as Matrizes de Referência, a descrição pedagógica dos Padrões e Níveis de Desempenho, entre outros. "São instrumentos essenciais para balizar a análise dos resultados", informa.
Ele explica que essa tarefa deve ser realizada, coletivamente, por todos os membros da comunidade escolar: gestores, professores e equipe técnica. "Faz-se necessário que todos os agentes envolvidos se apropriem dos resultados produzidos pelas avaliações, incorporando-os às suas práticas e reflexões sobre as dinâmicas de funcionamento da escola, explícitas no Projeto Político Pedagógico e no currículo praticado".
As revistas propõem um passo a passo com as diferentes etapas do processo de leitura, interpretação e apropriação dos resultados.
Amplo material
Segundo a professora e coordenadora de Formação do Cefapro de Juara, Rosana Maria Christofolo da Silva, Mestra em Gestão e Avaliação da Educação Pública pelo CAEd-UFJF, este é um riquíssimo material de estudo também dentro da temática Avaliação (proposta no PEIP, Portaria 161/2016), durante as quatro horas semanais de estudos. "Temos que discutir: como a escola pode se apropriar dos resultados da avaliação? Como são apresentados os resultados? Quais estratégias pedagógicas podem ser utilizadas para desenvolver determinadas habilidades?", enfatiza.
Ela aponta que as Revistas Pedagógicas (por disciplina e anos avaliados) trazem ainda textos teóricos que discutem que estratégias pedagógicas podem ser utilizadas para desenvolver determinadas habilidades, sobretudo, naquelas em que os estudantes demonstraram mais dificuldades. "Os Encartes das Revistas Pedagógicas trazem o passo a passo), que a escola precisa fazer, por ano e disciplina, para caracterizar a unidade escolar na Adepe-MT; fazer análise dos seus resultados de Teoria de Resposta ao Item (TRI) e Teoria Clássica dos Teste (TCT), fazer planejamento e projeções para melhorar o desempenho dos estudantes."
A Adepe-MT traz resultados que extrapolam a sala de aula e alcançam ações de gestão, conforme observa a Profª Drª Irene de Souza Costa (Doutora em Educação – Avaliação Educacional, pela Universidade de Lisboa e validado pela USP). "Ela deve proporcionar aos gestores educacionais analisar os programas e projetos em andamento, os objetivos e metas a alcançar e promover políticas públicas que orientem a gestão, a formação e o desenvolvimento profissional para que seus diversos atores (gestores, formadores, docentes) utilizem melhor os resultados como elementos de análise para reorganizar os processos de gestão, formação, ensino e aprendizagem", frisa.
Para a professora a interpretação dos resultados em mãos, identificando o que pode e precisa ser melhorado em cada instância, é momento de planejar as ações e tomar as decisões com vistas à resolução dos problemas em cada uma delas. "A diferença, no alcance e no nível dos resultados, estará no compromisso e na responsabilidade de cada profissional em assumir a parte que lhe cabe no processo".
Portal                                                                   
No portal, os gestores e professores também acessam os dados de desempenho geral da escola e individual de cada aluno. Porém, o Prof. Kapitango-a-Samba aponta que não há objetivo de ranqueamento das unidades escolares, pois a avaliação não é uma ferramenta de classificação, examinação e exclusão. "É instrumento de formação, daí a necessidade conceitual de nos referirmos à avaliação formativa, para evitar a confusão de entendimento corrente no cotidiano escolar e ressaltar sua dimensão formativa (promove construção de conhecimento de forma crítica e criativa), social (inclusiva e democrática) e estratégica (tomada de decisão na gestão pedagógica e na formulação de políticas públicas)", argumenta.
Segundo ele, a ADEPE-MT faz parte das estratégias da Seduc para diagnosticar as necessidades de aprendizagens dos estudantes para planejar, executar e orientar ações e políticas públicas com foco na melhoria da educação. "Trata-se de um elemento estratégico que permite fomentar ações de formação e desenvolvimento profissional dos profissionais da Educação Básica, com a participação dos docentes, discentes e gestores como protagonistas de transformação social e inovação no ensino, na aprendizagem e na gestão educacional."
Para conhecer o conteúdo das revistas acesse: http://www.adepemt.caedufjf.net


Viviane Saggin
Assessoria Seduc-MT






http://www.seduc.mt.gov.br/Paginas/Seduc-publica-resultados-de-Avalia%C3%A7%C3%A3o-do-Ensino-em-Mato-Grosso.aspx

XVIII ENDIPE - Didática e Prática de Ensino

ENDIPE 2016


Didática e prática de ensino no contexto político contemporâneo:
cenas da educação brasileira

O ENDIPE 2016, seguindo sua tradição de ser um evento que põe em pauta os temas da didática e da prática de ensino, pensados em contextos concretos do vivido da realidade, propõe como tema: “Didática e Prática de Ensino no contexto político contemporâneo: cenas da educação brasileira”.
Depois de 14 anos, o evento retorna ao Centro-Oeste; acontece em Mato Grosso pela primeira vez.
O tema do ENDIPE 2016 tem em seu centro a Didática e a Prática de Ensino. Mas como sabemos, “Ao focar o ensino como seu objeto de estudo, a didática precisou construir formas de compreender e dialogar com as circunstâncias que foram e estão se configurando a cada instante. (PIMENTA, FUSARI, ALMEIDA, FRANCO. A construção da didática no GT Didática – análise de seus referenciais, 2013). Pois a prática de ensino situada vem com a mesma força reflexiva dos outros Encontros.
Neste momento, não há como deixarmos de lado o contexto político que vivemos. Político no sentido clássico, como preocupações com o espaço público, com os desdobramentos das ações dos governos em todos os níveis. Ocasião em que o ENDIPE sai às ruas para avisar de sua chegada em 2016, passamos por questões que atingem diretamente nossas reflexões acerca da Didática e da Prática de Ensino: o processo de aprovação das Diretrizes Nacionais para os cursos de Formação de Professores; a elaboração dos Planos Estaduais e Municipais de Educação, com as fortes reações às questões de gênero; uma avassaladora onda conservadora que tem tomado o país; a substituição dos debates didáticos e soluções pedagógicas ao problema do ensino pela medicalização em massa de nossas crianças; as condições objetivas de trabalho dos professores que permanecem fora da agenda de prioridade dos governos; a reação dos gestores públicos e da população ante à manifestação legítima de professores, sempre com violência e descaso; a falta de clareza do governo federal sobre o que realmente importa em termos de financiamento da educação no nível fundamental, médio e superior.
Ao mesmo tempo, cotidianamente, milhares de professores nos mais de 5ooo municípios do país, recebem seus alunos e vivem as situações mais contraditórias; colhem sucesso, a despeito da preocupação pública com a educação; amargam fracassos, pelo qual são, muitas vezes culpabilizados. É como se estivessem no fogo cruzado entre os discursos produzidos por governos, população, organizações, lutando para encontrar respostas consistentes e transformadoras.
O ENDIPE não consegue responder a todas essas questões, mas faz seu papel de insistir no debate em vista da construção de uma escola laica, pública, gratuita, uma educação que atinja a todos em direção à compreensão das diferenças, da inclusão, que tenha como objetivo a excelência de sua qualidade.

Silas Borges Monteiro
Coordenador do XVIII Endipe
http://www.ufmt.br/endipe2016/home/

Declaração para um novo ano

20 para 21  Certamente tivemos que fazer muitas mudanças naquilo que planejamos em 2019. Iniciamos 2020 e uma pandemia nos assolou, fazendo-...