segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

Currículo comum para educação básica receberá contribuições até 15 de março

Mariana Tokarnia - Repórter da Agência Brasil

Resultado de imagem para base nacional comum curricularO Ministério da Educação (MEC) receberá, até 15 de março, as colaborações, pela internet, de quem quiser contribuir com sugestões para o projeto inicial da Base Nacional Comum Curricular. A base vai definir o que as crianças e os jovens devem aprender em cada etapa do ensino básico, que vai da educação infantil ao ensino médio.

No segundo semestre do ano passado, o MEC disponibilizou uma primeira versão do documento. Desde então, educadores e escolas podem enviar sugestões para aprimorar os currículos. O MEC diz que recebeu até o momento mais de 9,4 milhões de contribuições. As sugestões podem ser enviadas pelo portal da base (http://basenacionalcomum.mec.gov.br/#/site/conheca).

Desde que o documento preliminar foi divulgado, recebeu uma série de críticas, por excesso ou falta de conteúdo. Uma das áreas mais criticadas foi a de história. Segundo o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, o conteúdo será revisto.

"No caso específico de história, que eu acho que era o caso consensual de que [o currículo] era insuficiente, a Associação Brasileira de Pesquisadores de História, que reúne mais de 5 mil universitários, está participando da elaboração diretamente", disse o ministro, em coletiva de imprensa. Segundo ele, o MEC convidou analistas "altamente especializados" para fazer uma leitura crítica de cada uma das áreas da Base.

A Base Nacional Comum Curricular será debatida em seminários nos 26 estados e no Distrito Federal, antes de ser finalizada. Posteriormente, o documento terá que ser aprovado pelo Conselho Nacional de Educação (CNE) e, por fim, homologado pelo MEC.

A intenção é que os conteúdos definidos na Base Curricular ocupem 60% da carga horária dos estudantes. No restante do tempo, as próprias redes de ensino poderão definir o que ofertar – desde conteúdos regionais, atividades extras e a formação técnica, por exemplo.

"Todas as críticas são muito bem-vindas, queremos exatamente essa discussão", disse Mercadante, e acrescentou: "O currículo é uma coisa muito importante para o Brasil, para formar professores, garantir a qualidade do ensino e garantir o direito de qualquer estudante em qualquer parte do Brasil de ter o mesmo conteúdo básico".
 
Edição: Stênio Ribeiro

http://agenciabrasil.ebc.com.br/educacao/noticia/2016-01/curriculo-comum-para-educacao-basica-recebera-contribuicoes-ate-15-de-marco

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