sábado, 30 de maio de 2015

Curso online grátis traz novas estratégias a gestores

Coursera e Fundação Lemann oferecem o primeiro módulo do curso Gestão para a Aprendizagem, que busca aperfeiçoar processos
Coursera, site que disponibiliza aulas online das maiores universidades e instituições de ensino do mundo, oferece em parceria com a Fundação Lemann o curso Gestão para a Aprendizagem: Módulo Gestão Estratégica (clique aqui para se inscrever), que tem como objetivo formar gestores e coordenadores escolares que buscam a melhoria dos processos de aprendizagem em suas escolas, demonstram dedicação e vontade de aprender e qualificar suas práticas.
“O curso inclui instrumentos práticos, como a caracterização da comunidade escolar, a avaliação de eficácia, a análise SWOT e o plano de ação, aproximando a formação da realidade vivida diariamente pelos gestores”, explica Guilherme Antunes, coordenador de projetos da Fundação Lemann.
Coursera Curso Gestão AprendizagemCrédito: Gajus / Fotolia.com
Totalmente online e gratuito, o primeiro módulo do curso Gestão para a Aprendizagem tem duração de seis semanas, com cerca de cinco horas semanais, além do certificado de conclusão. Um outro certificado, chamado de reconhecido, que atesta a real participação do aluno nos exercícios, custa US$ 49.
Veja como o curso está dividido:
1. Introdução à gestão - Nesta unidade o aluno conhecerá os conceitos de Administração e Gestão Escolar. A unidade também aborda a Gestão com foco na aprendizagem e o papel do gestor para a melhoria da qualidade.
2. Gestão estratégica – O aluno conhecerá as dimensões do trabalho do gestor, indicadores de qualidade em educação e a importância do planejamento.
3. Planejamento Estratégico – Oferece as diretrizes do planejamento estratégico e algumas etapas que compõem a sua elaboração.
4. Cenário da Escola – Apresenta instrumentos que contribuem para mapear o cenário da escola e a elaboração do planejamento estratégico: caracterização da comunidade escolar, avaliação da eficácia de eficácia escolar e a avaliação estratégica.
5. Plano de Ação – Traz um passo a passo para a realização de um plano de ação, a fim de que a equipe escolar possa desenvolver suas ações orientadas por um planejamento estratégico.
http://porvir.org/porfazer/curso-online-gratis-traz-novas-estrategias-gestores/20150522

Prêmios para boas práticas nas escolas são integrados pelo MEC

Foi lançada nesta sexta-feira, 29, a iniciativa Educadores do Brasil, que faz a integração entre os prêmios Professores do Brasil, do Ministério da Educação, e Gestão Escolar, realizado pelo Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed). A cerimônia de lançamento aconteceu em Brasília e teve a presença do ministro da Educação, Renato Janine Ribeiro.
A iniciativa foi estabelecida pelo MEC, Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed) e União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), visando ao avanço na qualificação do ensino. O foco é sobre a meta 17 do Plano Nacional de Educação (PNE) – valorização dos profissionais do magistério das redes públicas de educação básica – e na redefinição do papel do diretor a partir da disseminação de boas práticas de gestão.
Para o ministro, os dois prêmios valorizam os educadores e as boas práticas nas escolas. “Um dos problemas que a gente tem na educação é que tudo ficou tão complexo que é necessário que os diretores e os professores sejam bons gestores no que fazem”, disse.
Janine Ribeiro também destacou que, além da importância da premiação, há um lado de multiplicar as experiências de sucesso. “Mais do que o prêmio, estas iniciativas têm o lado pedagógico muito forte, onde em um ano você tem a premiação e no outro você tem a prática, além do incentivo nos estados e municípios para adotar as práticas mais relevantes”.
Concebido em 1998 pelo Consed, o Prêmio Gestão Escolar contempla projetos inovadores e gestões competentes na educação básica do ensino público e conta, em sua trajetória, com a participação de cerca de 34 mil escolas de todas as regiões do país. Já o Professores do Brasil, criado pelo MEC em 2005, objetiva reconhecer, premiar e divulgar o mérito de docentes das redes públicas de ensino, pela contribuição dada para a melhoria da qualidade.

MEC
Assessoria de Comunicação Social

http://www.seduc.mt.gov.br/Paginas/Pr%C3%AAmios-para-boas-pr%C3%A1ticas-nas-escolas-s%C3%A3o-integrados-pelo-MEC.aspx

Índios xavante realizam apresentações culturais em Cuiabá

Índios da etnia xavante, da aldeia Nova Esperança em Barra do Garças (520 km a leste de Cuiabá), estão em Cuiabá, como parte de um projeto social. Nesta sexta-feira (29.05), os indígenas mostraram, em canto e dança, rituais que fazem parte da cerimônia de passagem dos jovens para a fase adulta, nas secretarias de Cultura, Esporte e Lazer (Secel) e de Educação (Seduc). Os índios são alunos da escola indígena Hambe, localizada na aldeia.
Segundo Flávio Ferreira, diretor da Cia Teatral Cena Onze, responsável pela gestão do Museu Histórico de Mato Grosso, a vinda dos índios a Cuiabá faz parte de um processo social desenvolvido pelo grupo há cinco anos na terra indígena de São Marcos, a 100 quilômetros do município de Barra do Garças.
“Dentro da aldeia Nova Esperança há uma escola indígena chamada Hambe onde há biblioteca, aulas de teatro, canto e dança e também algumas ações sociais. A visita a Cuiabá é uma viagem de conhecimento, onde as crianças deixam o seu universo para vivenciar outras experiências”, explica o diretor. Durante a estadia na cidade os indígenas visitaram museus, bibliotecas, o Centro Histórico e fizeram apresentações em escolas públicas e privadas.
“Essa experiência é também para derrubar preconceitos que existem em relação aos índios. Aqui em Mato Grosso temos mais de 40 etnias, que são como países, cada uma com suas particularidades. O processo de educação e cultura passa pelo conhecimento e o respeito mútuo”, observa Flávio. “É preciso conhecer para respeitar e isso tem que partir de ambos os lados”.
Para o cacique Xisto, que acompanha o grupo, esse trabalho de intercâmbio é fundamental na formação das crianças indígenas. “Elas nunca saíram da aldeia, não sabem o que se passa no restante do mundo. Há índios que saem por conta própria e aprendem o que não é bom, então estamos direcionando conhecimento, valores e a formação das gerações futuras, aquelas que serão responsáveis pela preservação do nosso povo”.
Escola Estadual
Os alunos da escola Hambe iniciaram as incursões pela Grande Cuiabá com uma apresentação para os colegas da Escola Estadual Fernando Leite, em Várzea Grande. A interação entre estudantes índios e de uma escola tradicional da cidade, ambas da rede pública estadual, foi vivenciada nos últimos dois dias com uma série de apresentações de danças, músicas e costumes dos povos indígenas. 
Nesta sexta-feira (29.05), eles fizeram uma apresentação na Secretaria de Estado de Educação (Seduc). Os servidores do órgão lotaram as dependências do auditório.

A cada apresentação, o professor Xisto relatava o significado da dança para a cultura indígena. Os índios ainda homenagearam os secretários de Educação, Permínio Pinto, e o adjunto de Políticas Educacionais, Gilberto Fraga, com um colar produzido na aldeia, uma forma de demonstrar o respeito pelos gestores.


Permínio, que assistiu à apresentação na Escola Fernando Leite, se comprometeu em visitar a aldeia. Ele quer conhecer in loco as dificuldades enfrentadas na Escola Hambe, que conta apenas com uma sala de aula. Uma das reivindicações é aumentar o espaço da unidade.

Xisto agradeceu a presença do secretário por participar deste projeto de integração. “Nós temos que pensar na nossa juventude para aprender”, disse. Gilberto reconheceu que há uma dívida do Estado de Mato Grosso com os povos indígenas.

Ele ainda estacou a importância dos alunos da escola urbana conhecer as atividades e os costumes dos índios.

Nesta sexta-feira (29), a partir das 19h, o grupo se apresenta no Museu Histórico de Mato Grosso.

Este projeto de intercâmbio conta com o apoio da Secel e da Seduc. 



ANGÉLICA MORAES / ASSESSORIA - Secel-MT / Seduc-MT

http://www.seduc.mt.gov.br/Paginas/%C3%8Dndios-xavante-realizam-apresenta%C3%A7%C3%B5es-culturais-em-Cuiab%C3%A1.aspx

quarta-feira, 20 de maio de 2015

Observatório internacional de formação continuada será criado em MT

 
 
A proposta de criação de um ambiente comum no qual várias experiências possam se tornar acessíveis foi discutida, no último dia 18, entre a Secretaria de Estado de Educação (Seduc-MT) e integrantes do Programa de Apoio ao Setor Educativo do Mercosul (Pasem). Trata-se de um Observatório Internacional de Formação Continuada de Docentes em Serviço, que pretende fomentar estudos e pesquisas, promover encontros, compartilhar conhecimento e analisar a implantação de políticas públicas em formação continuada de professores nos países membros, entre outros.
 
De acordo com assessor da Seduc e coordenador em Mato Grosso do Pasem, Kilwangy Kapitango-a-Samba, a ideia surgiu durante o Seminário Internacional de Formação Continuada e Docentes em Serviço, realizado em Cuiabá, entre os dias 11 e 19 de maio, pela Seduc em parceria com o Laboratório de Metodologia Científica e Grupo de Pesquisa em Educação, Políticas Públicas e Sociedade da Universidade Estadual de Mato Grosso (GPEPPS/UNEMAT/CNPq). "Nossa intenção é ampliar o debate e dar continuidade às atividades desenvolvidas durante o evento", destacou, acrescentando que o programa será resultado da parceria institucional entre Seduc e Unemat.  
 
A iniciativa foi elogiada e apoiada pelo secretário de Estado de Educação, Permínio Pinto, visto que o Observatório teria como sede Mato Grosso e utilizaria a infraestrutura disponível das instituições, como a própria secretaria e a Unemat. "Será uma importante ferramenta para produzir e disseminar informações, promover a pluralidade de opiniões no debate e compartilhar boas práticas sobre um assunto extremamente importante para nós que é a formação continuada de nossos professores, além de subsidiar os Centros de Formação e Atualização dos Profissionais da Educação Básica de Mato Grosso (Cefapros) com exemplos de experiências de sucesso que promovem a formação e o desenvolvimento profissional docente", avaliou.
 
 
 
O próximo passo será a produção de documento que estabelece as bases e conceitos para a criação do Observatório, a ser entregue pela comissão à secretaria ainda no mês de junho. 
 
Além de representantes do Paraguai, Uruguai, Argentina, participam do encontro com o secretário emissários das secretarias de Estado de Educação do Amapá e Rondônia, Universidades Federal do Ceará (UFC) e Estadual de Londrina (UEL).
 
Seminário – O evento reuniu cerca de 150 profissionais da educação, entre eles docentes da Educação Básica, professores universitários formadores de professores, gestores educacionais e estudantes universitários, para discutir processos e práticas educacionais inovadoras, experiências bem sucedidas e perspectivas estratégicas no contexto do Mercosul.
 
Foram debatidos assuntos como a relevância e emergência da formação continuada; as experiências e perspectivas em gestão, implementação e avaliação de políticas, uso de tecnologia de informação e comunicação em formação continuada. 
 
Viviane Saggin
Assessoria Seduc/MT
 
 

http://www.seduc.mt.gov.br/Paginas/Observat%C3%B3rio-internacional-de-forma%C3%A7%C3%A3o-continuada-ser%C3%A1-criado-em-MT.aspx

sábado, 16 de maio de 2015

5 cidades transformadas pela educação integral


O Portal Aprendiz listou cinco histórias de espaços urbanos que, conhecendo sua história, decidiram afirmar sua vocação educativa

http://porvir.org/porfazer/5-cidades-educadoras-transformadas-pelo-aprendizado/20150515

Cinco lições à América Latina do maior ranking global de educação


"O futuro da América Latina realmente depende do que acontece em suas escolas."
Eric Hanushek, professor da Universidade de Stanford (EUA) e um dos mais respeitados acadêmicos especializados em Educação, é um dos autores do novo relatório internacional que mostra, mais uma vez, o enorme abismo entre os estudantes latino-americanos e os do leste asiático.
O ranking divulgado na quarta-feira pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), o mais amplo publicado até agora, compara o desempenho de estudantes em Matemática e Ciências em 76 países, com base nos testes internacionais, como o PISA.
Com o excelente desempenho de seus estudantes, Cingapura lidera o ranking, seguida por Hong Kong, Coreia do Sul, Japão e Taiwan.
O Brasil está na 60ª posição, atrás de outros latino-americanos como Chile, México e Costa Rica e um pouco melhor do que Argentina e Colômbia.
Mas o relatório vai mais além do ranking e vincula a educação em cada país ao futuro de sua economia.
Qual seria o crescimento econômico de países da região se seus estudantes alcançassem um nível básico de desempenho em Matemática e Ciências?
A seguir, cinco lições que o relatório ensina para os países latino-americanos:

1) A educação ruim faz mal à economia

O relatório diz que as falhas educacionais de um país cobram seu preço não apenas em oportunidades perdidas a milhões de adolescentes, mas também impacta a economia do país inteiro.
A conclusão é de que, se o Brasil proporcionar educação básica universal eficiente para todos os adolescentes de 15 anos, pode ajudar seu PIB a crescer mais de sete vezes nas próximas décadas.
E se todos os adolescentes do México cursassem o Ensino Médio e obtivessem um nível básico em Matemática e Ciências - ou seja, capacidade em raciocinar e resolver problemas com os conceitos aprendidos -, o PIB do país poderia ser 551% maior em 80 anos. O PIB da Argentina também cresceria 693% nessas condições.
"Claro que há considerável incerteza (nas projeções do PIB)", diz Hanushek à BBC Mundo. "Mas mesmo se reduzíssemos as projeções pela metade, veríamos que as mudanças em educação representam melhorias dramáticas no bem-estar de toda a população."

2) 'Educação de qualidade e petróleo não se misturam'

O exame PISA mostra uma relação negativa entre o dinheiro que os países ganham a partir de seus recursos naturais e as habilidades de seus estudantes.
"Em países com poucos recursos naturais, como Finlândia, Japão ou Cingapura, a educação é muito valorizada em parte porque toda a população entendeu que o país tem de ganhar a vida com o seu conhecimento - e este depende da educação", diz o estudo.

Desempenho depende mais das habilidades dos estudantes do que das origens sociais

Qual o recado, então, para a Venezuela, rica em petróleo, e o Brasil, onde os royalties da exploração do pré-sal serão destinados à educação?
"No curto prazo, os países conseguem grande parte de sua renda com seus recursos naturais. Mas cada vez mais, à medida que o mundo se move em direção a economias baseadas em conhecimento, a renda e o desenvolvimento dependerão do que as pessoas sabem - o que chamamos de capital de conhecimento das nações", afirma Hanushek.

3) O que importa é a qualidade

Educação universal e obrigatória é apenas um primeiro passo: o crucial são as habilidades transmitidas aos alunos.
"Os estudantes da América Latina têm aprendido muito menos em cada ano escolar do que seus pares no leste da Ásia", afirma Hanushek. "Os latino-americanos passam muitos anos na escola, mas não aprendem nem de longe o que (aprendem) os estudantes de outros países."
Para o especialista, atualmente metade da população mundial é "analfabeta funcional" - já que até mesmo o conceito de alfabetização mudou.
Não basta saber ler e escrever, mas sim "ter capacidade de compreender e refletir criticamente sobre a informação, além de raciocinar com conceitos matemáticos e extrair conclusões baseadas em evidências."
Por onde começar? O fundamental é chegar primeiro ao nível básico de Matemática e Ciências como uma base para uma aprendizagem mais profunda e uma melhor habilidade de interagir com outros em nível de ideias e conceitos, segundo Hanushek.

4) A alta renda de um país não o protege da educação ruim

Cerca de 25% dos alunos de 15 anos dos EUA não completam com êxito o nível básico do PISA em Matemática e Ciências.
E a maior potência mundial está abaixo do Vietnã no ranking da OCDE.
A conclusão é de que o mais importante é a forma como os recursos são gastos.

Desempenho de estudantes do leste asiático tem superado o de outras partes do mundo

Um dos fatores mais importantes é melhorar o nível e a habilidade dos professores, aponta Hanushek.
"As escolas devem reconhecer e premiar os professores mais eficientes e garantir que os menos eficientes recebam ajuda para melhorar. Ou desempenhem outras tarefas, nas quais não tenham uma influência negativa sobre crianças e adolescentes", opina o especialista.
O relatório cita o exemplo de sucesso do Brasil em melhorar, ainda que não em níveis suficientes, seu desempenho em Matemática, em parte por conta de iniciativas para melhorar o salário e a formação dos professores.

5: Valores são fundamentais

"Podemos aprender com os países que lideram o ranking", diz o relatório. "Eles parecem ter convencidos seus cidadãos a fazer escolhas que valorizam a educação acima das outras coisas."
Pais e avós chineses, por exemplo, costumam investir suas poupanças na educação de filhos e netos.
Outra ideia difundida em países de boa performance é que todas as crianças consigam alcançar um bom nível educacional.
Para Hanushek, "China e Cingapura ensinam que todas as crianças podem aprender, e não só as que vieram de lares privilegiados. E os pais devem se envolver na vida escolar de seus filhos."
Sobre a América Latina, Hanushek adverte que, sem melhorias na educação, a região estará cada vez mais distante do bem-estar econômico desfrutado por outros países.
"Mas se melhorarem seriamente suas escolas, podem ter benefícios econômicos sem precedentes. Não há alternativas. Se a América Latina quer competir e se desenvolver, tem de melhorar as habilidades de sua população."

terça-feira, 12 de maio de 2015

Empresário dá US$ 1 milhão a 'melhor professor do mundo'

Indiano Sunny Varkey diz querer recuperar o status e o reconhecimento que a docência um dia já teve.

O Global Teacher Prize (Prêmio Professor Global, em tradução livre) oferece US$ 1 milhão (cerca de R$ 3 milhões) a um professor que se destaque em sua disciplina






Neste ano, o vencedor foi a americana Nancie Atwell que anunciou que iria doar o dinheiro para sua escola, no Estado americano do Maine.

Entre os que participaram da premiação, estavam o ex-presidente dos Estados Unidos Bill Clinton e o bilionário Bill Gates, que parabenizou Atwell por videoconferência.

O fundador e financiador do projeto é o indiano Sunny Varkey, que diz querer recuperar o status e o reconhecimento que a docência um dia já teve, além de dar à profissão um pouco de brilho e glamour.

No entanto, Varkey lembra que antes de lançar a iniciativa quase todos lhe disseram que sua ideia era terrível.

O empresário ouviu de muitas pessoas que dar um prêmio em dinheiro a um professor seria tratá-lo como uma estrela de cinema ou um banqueiro e, portanto, contra o espírito da educação.

Mas ele ignorou as críticas e seguiu seu instinto.

'A profissão mais importante'

"A docência é a profissão mais importante do mundo e deve ser respeitada como tal", defende Varkey.

Ele diz ficar irritado ao ver como as celebridades dos reality shows têm mais espaço nos meios de comunicação que as pessoas que realmente influenciam vidas, como professores.

Segundo Varkey, seguir seus instintos, apesar das críticas que recebeu, era agir como um verdadeiro empreendedor.

"Tem sido a história da minha vida", diz ele.

O multimilionário de origem indiana, que vive em Dubai, é um dos empresários mais bem sucedidos do mundo na área da educação.

O grupo comandado por Varkey administra escolas públicas e privadas em 14 países, a maioria delas no Golfo Pérsico, embora seu "império" se estenda também por Oriente Médio, Ásia, África, Europa e Estados Unidos.

Agora ele planeja expandir suas operações para mercados como o Extremo Oriente, América Latina e África.

História
Pais de Varke eram professores cristãos que emigraram para Dubai em 1959 da região de Kerala, no sul da Índia (Foto: BBC) 
Pais de Varke eram professores cristãos que emigraram para Dubai em 1959 da região de Kerala, no sul da Índia (Foto: BBC)
 
Varkey leva a educação em seu sangue.

Seus pais eram professores cristãos que emigraram para Dubai em 1959 da região de Kerala, no sul da Índia.

"Chegando aonde chegamos foi uma tarefa hercúlea", lembra ele.

A família viajou de barco para o Golfo e ali lançou um negócio de aulas particulares, abrindo, logo depois, uma escola para a comunidade local de indianos.

Sendo o mais jovem, Varkey ajudava a dirigir o ônibus escolar.

"Eu me lembro do respeito com que eles (alunos) tratavam meus pais. Na Índia, os professores também são muito respeitados".

No entanto, ele diz estar "chocado" com a perda de status da docência ultimamente.

"Por trás de primeiros-ministros, presidentes e cientistas, há professores que não são percebidos por ninguém", adverte ele.

Quando em uma ocasião pôde participar do Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça, afirma ter notado o mesmo desdém da elite política. "Ninguém falou sobre professores e educação".

Varkey criou o prêmio em Dubai, uma cidade que fala vários idiomas e não deixa nada passar em branco.

A primeira cerimônia de premiação atraiu líderes mundiais, e alguns dos finalistas chegaram a se encontrar com o papa Francisco, no Vaticano.

Para Varkey, a mensagem é que o ensino não deve ser sempre um "desconhecido".

Falta de professores
 
Falta de professores é problema em países em desenvolvimento

No entanto, em grande parte do mundo em desenvolvimento, um dos grandes problemas das escolas é a falta de professores.

A ONU advertiu que, nos próximos 15 anos, serão necessários mais de 4 milhões de professores de níveis primário e secundário somente na África subsaariana.

Varkey, que é embaixador da boa vontade da Unesco, o braço das Nações Unidas para educação, financiou o treinamento de 12 mil professores em Uganda por meio de sua fundação e planeja expandir esse número para 250 mil.

A meta é ousada: para cada estudante privado a quem é dada instrução, o objetivo do empresário é educar outros 100 alunos de escolas públicas.
Seu grupo também tem uma unidade de inovações, na qual testa o uso de novas tecnologias na sala de aula para melhorar o processo de ensino ou ajudar os professores a chegar a mais alunos.

"A tecnologia tem feito muito para as outras indústrias e eu acho que a educação será adicionada à lista; é só uma questão de tempo", conclui.

http://g1.globo.com/mundo/noticia/2015/05/empresario-da-us-1-milhao-a-melhor-professor-do-mundo.html

segunda-feira, 11 de maio de 2015

Seduc inicia seminário internacional de formação continuada

 

Cerca de 150 profissionais da educação começaram a discutir nesta segunda-feira (11.05) processos e práticas educacionais inovadoras, experiências bem sucedidas e perspectivas estratégicas no contexto do Mercosul. A programação faz parte do Seminário Internacional de Formação Continuada e Docentes em Serviço, que segue até o dia 15 de maio, no Mato Grosso Palace Hotel, em Cuiabá.

Durante toda a semana serão debatidos assuntos como a relevância e emergência da formação continuada; as experiências e perspectivas em gestão, implementação e avaliação de políticas, uso de tecnologia de informação e comunicação em formação continuada em instituições no Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai. Entre os participantes estão docentes da Educação Básica, professores universitários formadores de professores, gestores educacionais e estudantes universitários e demais interessados.

Na abertura, o secretário Adjunto de Políticas Educacionais da Secretaria de Estado de Educação de Mato Grosso (Seduc-MT), Gilberto Fraga, destacou que o seminário reúne diversos profissionais comprometidos com o ensino e dispostos a evoluir na tarefa de ensinar. “Nos próximos dias, teremos a oportunidade de, acima de tudo, compartilharmos experiências, algumas extremamente exitosas, tanto do Brasil, quanto dos países do Mercosul. Que nessa reflexão possamos nos apropriar desses conhecimentos e ganharmos tempo que já não temos mais”, afirmou, se referindo à implantação de políticas públicas, estratégias e pesquisas que possam contribuir para o avanço da educação.

Segundo Fraga, Mato Grosso tem um enorme desafio no que se refere à educação. Além da diversidade, muitas vezes inimaginável, dimensões continentais e dificuldades de acesso às localidades, o Estado possui professores que apresentam fragilidade na formação inicial, o que impacta diretamente na execução das suas práticas como docente. “Me refiro a um diagnóstico já realizado. O que precisamos é saber quais são essas dificuldades e como superá-las, e qualificar nossos profissionais”, destacou.

Nesta tarefa, o secretário afirmou ainda que a pasta conta com a importante parceria dos Centros de Formação e Atualização de Professores (Cefapros) e da Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat). As instituições promovem ações e discussão dos desafios colocados, no atual contexto educacional, para os formadores de educadores e para os que planejam e coordenam ações de formação continuada de professores.

Para a professora Izaura Maciel, que atua na educação especial e como intérprete de Libras, a formação continuada dever ser vista como parte integrante do trabalho docente, e a participação de eventos como o seminário é também de grande relevância, neste sentido. “A expectativa é que o evento traga novas experiências de outros países e estados que possam contribuir para o avanço da educação básica, para que o aluno se torne agente do seu aprendizado. Em encontros como este, muitas vezes, detectamos nossas carências e vemos exemplos concretos de como promover a melhoria das nossas atividades e da educação.”

A abertura contou com a presença das representantes da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes/MEC), Profª Drª Izabel Lima Pessoa, da Reitoria da Unemat, da Pró-Reitora de Ensino de Graduação da Unemat, Profª Drª Vera Maqueia, do Reitor do Instituto Federal de Mato Grosso (IFMT), José Bispo Barbosa, do presidente do Conselho Estadual de Educação, Carlos Alberto Caetano, do coordenador em Mato Grosso do Programa de Apoio ao Setor Educacional do Mercosul (Pasem), Profº Drº Kilwangy Kapitango-a-Samba, além do deputado Wilson Santos, presidente da Comissão de Educação, Ciência, Tecnologia, Cultura e Desporto da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (AL/MT).

O seminário é uma realização da Secretaria de Estado de Educação (Seduc-MT), em parceria com o Laboratório de Metodologia Científica e Grupo de Pesquisa em Educação, Políticas Públicas e Sociedade da Universidade Estadual de Mato Grosso (GPEPPS/UNEMAT/CNPq), e conta com o apoio do Estudos de Filosofia e Formação da UFMT e financiamento do Programa de Apoio ao Setor Educacional do Mercosul (Pasem). 

VIVIANE SAGGIN
Assessoria/Seduc-MT


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http://www.seduc.mt.gov.br/Paginas/Seduc-inicia-semin%C3%A1rio-internacional-de-forma%C3%A7%C3%A3o-continuada.aspx

Declaração para um novo ano

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