quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Professor usa pintura corporal para ensinar anatomia a alunos no RS

Divididos em grupos, alunos de primeiro e segundo semestres de fisioterapia pesquisam as respostas para questões de anatomia lançadas pelo professor. Bonecos para o estudo do corpo humano estão distribuídos na sala, assim como um armário repleto de materiais para a disciplina. A principal atração, no entanto, está na pintura de músculos, ossos e cartilagem feita por uma artista nas costas de um modelo. Os estudantes não aprendem em cadáveres, mas sim com pessoas vivas. O bodypainting (pintura corporal) é utilizado dentro da metodologia de ensino na área da saúde na UniRitter, em Porto Alegre.
O respeito muda, a aula cria essas situações"
Fabrício Duarte, professor e coordenador de fisioterapia
G1 acompanhou a aula ministrada pelo professor e coordenador do curso de fisioterapia da universidade, Fabrício Duarte. Diferenciadas, as aulas com pintura corporal são agendadas. Tanto a artista como o modelo são contratados e recebem pela participação.
“Com todo respeito ao cadáver, não se vê diferenciação de músculo, cartilagem, escápula. No ser vivo, sim”, justifica o professor, que só vê vantagens na técnica utilizada. Além da UniRitter, a Fadergs, da mesma rede (Laureate International Universities), aplica a metodologia no Rio Grande do Sul.
Conforme Fabrício, que é de Minas Gerais e vive em solo gaúcho há 10 anos, a pintura corporal começou a ser usada nos Estados Unidos. No Brasil, a pioneira foi a Universidade Anhembi Morumbi, em São Paulo.
O uso de cadáveres nos estudos da área da saúde é permitido por lei, que sofreu alteração em 2007, quando ficou definido que o cadáver não reclamado junto às autoridades públicas no prazo de 20 dias poderia ser destinado às escolas. A opção das universidades da rede Laureate em não usar corpos de pessoas mortas foi, segundo o professor e coordenador, para mesclar aprendizagem técnica com a ética no contato dos alunos com outras pessoas.
Segundo ele, as aulas práticas com pessoas vivas, além de atrair maior atenção dos alunos, trabalham a conduta e o respeito no grupo. “O respeito muda, a aula cria essas situações”, diz. “Isso é validado cientificamente. Temos que buscar conduta ética. A técnica se constrói com a formação, mas ética vem de berço", completa Fabrício, que afirma não ser contrário ao uso de cadáveres, apesar da opção por não trabalhar com corpos em aula.
Pinturas também são feitas na face durante as aulas (Foto: Sgeila Meyer/Divulgação)Pinturas também são feitas na face durante as aulas (Foto: Sheila Meyer/Divulgação)
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