segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Estudante usa dança cigana para melhorar autoestima de deficientes

Regina Borges realiza trabalho com dez cadeirantes em Luziânia, GO. Iniciativa virou pesquisa acadêmica e fará parte de congresso em SP.

Fernanda Borges Do G1 GO


A estudante de assistência social Regina Borges, 43 anos, pratica dança cigana há mais de 20 anos e decidiu usar a técnica para melhorar a qualidade de vida de portadores de deficiência de Luziânia, no Entorno do Distrito Federal. Ela fundou o grupo “Bailando com a Vida”, no qual dez cadeirantes participam ativamente das coreografias. O resultado obtido com o trabalho virou uma pesquisa acadêmica, cujo resultado será apresentado durante um congresso esta semana em São Paulo.

Regina conta que sempre foi apaixonada pela dança cigana e, quando estava no palco, pensava em como era realizada por poder executar os passos. No começo de 2010, antes de fundar o grupo, ela esteve em um teatro de Brasília, onde assistiu a uma apresentação de pessoas em cadeira de rodas. “Eles dançavam um estilo mais clássico, mas foi tudo muito lindo. Aí eu pensei que a dança cigana se encaixaria muito bem, já que ela exige muitos movimentos com os braços, o que é plenamente possível aos cadeirantes”, lembra.

Em março daquele ano, ela iniciou o projeto em Luziânia, cidade com aproximadamente 174.500 habitantes, segundo dados do Censo 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Destes, mais de 22% apresentam algum tipo de deficiência. Ao pesquisar sobre o tema, Regina decidiu, então, criar um grupo no município, mas conta que enfrentou um pouco de resistência. “Eu passei a divulgar o meu projeto, mas ninguém parecia se interessar. Até que o primeiro cadeirante apareceu e trouxe um amigo e assim por diante. Atualmente, são dez integrantes que tiveram suas vidas transformadas”, afirma a estudante.

Projeto científico
A estudante lembra que o trabalho com os deficientes foi iniciado antes de cursar assistência social na Faculdade Anhanguera, em Luziânia. Mas no decorrer dos anos, os colegas foram se interando sobre o grupo de dança. “Aí, em setembro de 2012, um professor conheceu o meu projeto e me convidou para participar da iniciação científica”, conta.


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http://g1.globo.com/goias/noticia/2013/11/estudante-usa-danca-cigana-para-melhorar-autoestima-de-deficientes.html

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