segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Conheça os ‘milagres’ de diretores que driblam a falta de recursos em escolas públicas.

BRASÍLIA - O que faz uma escola ser boa? Não existe resposta única, mas ninguém duvida de que uma gestão competente abra caminho - e seja decisiva - para o ensino de qualidade. De olho nas melhores experiências da rede pública, o Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed) entregou ontem o Prêmio Gestão Escolar a 27 colégios de ensino fundamental e médio.
A vencedora foi a Escola Estadual Luiza Nunes Bezerra, no município de Juara (MT), a 640 quilômetros de Cuiabá, que ficou em 1º lugar, com o título de Referência Brasil e R$ 30 mil em dinheiro. Ela foi selecionada dentre 9 mil colégios inscritos. Na última etapa, superou outras quatro escolas estaduais: de São Paulo, Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Norte e Roraima. As finalistas receberam R$ 10 mil.
A entrega do prêmio reuniu os diretores em Brasília, um dia após voltarem de uma viagem de 17 dias aos Estados Unidos, onde visitaram colégios e conversaram com gestores de ensino. A diretora Sibeli Lopes está à frente da escola em Mato Grosso e admite que seu orçamento é bem menor do que gostaria. Mas trabalha para fazer valer cada centavo, com foco na aprendizagem dos estudantes:
— A gente faz milagre — resumiu Sibeli, de 34 anos.
Professora de matemática, ela foi eleita diretora há dez meses e diz que o segredo está no empenho dos professores. Mas não é só isso: trabalha-se muito fora das salas de aulas. A começar pelo telefone: a equipe da diretora liga para as famílias dos estudantes que faltam para saber o motivo da ausência.
- Nós incomodamos (os pais). E eles gostam de ser incomodados - disse Sibeli.
O resultado é que a evasão é igual a zero, num total de 870 alunos do 1º ao 9º ano do ensino fundamental. O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), indicador de qualidade criado pelo Ministério da Educação (MEC), está acima da média brasileira: 6,8 nas séries iniciais do fundamental, ante 5 da média nacional; e 6,7 nas séries finais (média nacional de 4,1).
Sibeli disse que o dinheiro do prêmio será investido no colégio e que pretende comprar instrumentos musicais.
Em comum, as escolas finalistas fazem autoavaliação periodicamente e mobilizam as famílias dos alunos. Todas foram visitadas na fase final de avaliação do prêmio.

Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/educacao/conheca-os-milagres-de-diretores-que-driblam-falta-de-recursos-em-escolas-publicas-10664380#ixzz2jgQxEh8z 
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