terça-feira, 8 de outubro de 2013

Freud, Marx e Foucault traduzidos para a linguagem dos sinais

Na tarde da última segunda-feira, cerca de 30 professores e alunos surdos se reuniram numa sala de aula em Laranjeiras para discutir — em silêncio e com as mãos — que gestos seriam usados em Libras (a Língua Brasileira de Sinais) para representar 66 palavras da gramática portuguesa. Após duas horas de conclave, concordaram que o termo “substantivo concreto” será dito com um bater de mãos fechadas (movimento que lembra, de fato, a palavra “concreto” em Libras). Já “substantivo abstrato” resultará da união de dois sinais já existentes: um da palavra “substantivo” e outro da palavra “alma”. Nada mais abstrato do que o conceito de alma.
A reunião — chamada de sessão de validação — ocorre de três em três meses, desde o início deste ano, no Ines (Instituto Nacional de Educação de Surdos). Nos encontros prévios, foi decidido que o sinal para Sigmund Freud, o pai da psicanalise, é a letra “f” acrescida de um movimento que lembra um cachimbo. O sinal para Karl Marx, o pensador maior do comunismo, é um “m” por cima da boca, para aludir ao seu farto bigode. Já o filósofo Michel Foucault, careca até o último poro, foi presenteado com um “f” correndo por cima da cabeça.

Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/educacao/freud-marx-foucault-traduzidos-para-linguagem-dos-sinais-10274530#ixzz2h2T7S6Qf 


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