segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Nome de ditadores em Escolas Públicas

RIO E SÃO PAULO - Na Escola Municipal Presidente Médici, em Bangu, na Zona Oeste do Rio, boa parte dos alunos tem pouco a dizer sobre o general que governou o país de 1969 a 1974. “Minha vó falou que ele era um sanguinário”, conta uma aluna do 8º ano. “O professor de Geografia disse que ele não era uma boa pessoa”, afirma uma colega de sala, de 14 anos, quando perguntada sobre o gaúcho ditador, responsável pelo período de maior recrudescimento à liberdade de expressão na ditadura militar brasileira. Dentro da unidade, porém, há um mural com fotos do homenageado e, segundo professores, o nome do colégio é usado para abordar o assunto em sala.
— Durante a aula, temos que explicar o período Médici deixando que eles tenham o seu próprio olhar sobre o ex-presidente, com senso crítico. Nossa função é fazer o aluno se colocar nesse debate. Explicar a razão da homenagem e contextualizá-la com a época — argumenta Gabriella Fernandes Castellano, professora de História.


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