Rodríguez nasceu na Colômbia e já escreveu que Brasil se tornou 'refém' de sistema 'afinado' com 'ideologia marxista'. Segundo ele, 'pautas nocivas' aos costumes não serão permitidas.
Por Rosanne D'Agostino e Sara Resende, G1 e TV Globo — Brasília
O professor e filósofo Ricardo Vélez Rodríguez assumiu nesta quarta-feira (2) o cargo de ministro da Educação. No discurso de transmissão de cargo, afirmou que combaterá o "marxismo cultural" e não permitirá que "pautas nocivas" aos costumes sejam "impostas" ao país.
O cargo foi transmitido pelo antecessor, Rossieli Soares da Silva, em uma cerimônia em Brasília.
Nascido na Colômbia e naturalizado brasileiro, Vélez Rodríguez tem 75 anos e é graduado em filosofia pela Universidade Pontifícia Javeriana, da Colômbia, e em teologia, pelo Seminário Conciliar de Bogotá.
Indicado para o cargo pelo escritor Olavo de Carvalho, Rodríguez mantém um blog na internet no qual afirma que o Brasil se tornou "refém" de um sistema "afinado" com a "ideologia marxista".
"Combateremos o marxismo cultural, hoje presente em instituições de educação básica e superior. Trata-se de uma ideologia materialista alheia aos nossos mais caros valores de patriotismo e de religiosa do mundo", afirmou Rodríguez.
“Não permitiremos que pautas nocivas aos nossos costumes sejam impostas ao país com a alegação de que se trata de temas adotados por agências internacionais, cujos representantes são burocratas não eleitos pelos povos de suas respectivas nações", acrescentou o onovo ministro.
Nesta terça (1º), dia da posse de Jair Bolsonaro como presidente da República, Rodríguez já afirmou que o MEC terá uma subsecretaria responsável por "iniciativas cívico-militares".
Nesta quinta (3), Rodríguez deverá participar da primeira reunião ministerial convocada por Bolsonaro.
Segundo o MEC, o novo ministro já tem em mãos relatório técnico atualizado contendo as principais ações de todos os programas da pasta em andamento, incluindo o detalhamento orçamentário.
Discurso
Rodríguez afirmou que o presidente Jair Bolsonaro cruzou o país para ouvir as demandas da população e “prestou atenção à voz entrecortada de pais e mães reprimidos pela retórica marxista que tomou conta do espaço educacional”.
“À agressiva promoção da ideologia de gênero somou-se a tentativa de derrubar as nossas mais caras tradições pátrias. Essa tresloucada onda globalista, tomando carona no pensamento gramsciano, que num irresponsável pragmatismo sofístico, passou a destruir um a um os valores culturais em que se segmentam nossas instituições mais cara, família, igreja escola, o estado e a pátria”, disse.
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