sexta-feira, 11 de maio de 2018

Quais os desafios dos professores para incorporar as novas tecnologias no ensino

Da infraestrutura à formação docente, educadores contam o que precisa melhorar para que os recursos tecnológicos sejam integrados de forma efetiva em sala de aula
 
A incorporação das novas tecnologias no ensino tornou-se um dos principais debates da educação na atualidade. Robótica, jogos eletrônicos, inteligência artificial e realidade aumentada são apenas algumas das novidades que têm movimentado o mercado educacional e sido inseridas nas escolas, especialmente na rede privada.
Na realidade da sala de aula, porém, ainda há muita discussão sobre como integrar as novidades ao dia a dia escolar. Por mais que a desconfiança docente com relação ao uso das novas tecnologias venha diminuindo, ainda há muitos desafios para incorporar essas ferramentas de forma efetiva, contribuindo para a aprendizagem dos alunos.
Para compreender quais são esses obstáculos, Educação ouviu professores da educação básica, que falaram sobre o panorama da área e compartilharam suas experiências com o uso dos recursos tecnológicos em sala de aula. Entre as principais dificuldades apontadas pelos educadores está a formação docente insuficiente para a área.
“As novas tecnologias ajudam no aprendizado a partir do momento em que o professor se apropria desse conhecimento”, avalia Diego Trujillo, professor de inglês e coordenador de tecnologia no Colégio Ítalo. “Mas vejo que a formação ainda é carente. Há um desejo do professor de aprender, mas ele não sabe para onde ou como ir.”
Os números demonstram que a formação é mesmo um dos grandes desafios no que diz respeito ao uso da tecnologia. De acordo com a pesquisa TIC Educação 2016, do Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic.br), 54% dos professores não cursaram na graduação disciplina específica sobre como usar computador e internet em atividades com os alunos. Além disso, 70% não realizaram formação continuada sobre o tema no ano anterior ao levantamento. Dos que realizaram, 20% afirmaram que a capacitação “contribuiu muito” para a atualização na área.
Nesse cenário, a busca por novas formas de explorar os recursos tecnológicos acaba por depender da iniciativa do próprio professor. Na visão de Trujillo — que complementou sua formação com cursos de capacitação —, a própria escola pode ajudar a reverter o quadro oferecendo apoio ao docente. “É necessário que a equipe pedagógica tenha um especialista em tecnologia educacional. Esse é um novo profissional de extrema importância”, afirma.
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