O professor e deputado estadual Wilson Santos (PSDB), entregou nesta quarta-feira (3) ao secretário de Educação, Esporte e Lazer (Seduc), Marco Marrafon, o relatório final do “Ciclo de Formação Humana”, que aponta oportunidades de melhorias na educação de ciclos no estado de Mato Grosso.
“É um documento importante e corajoso que apresenta caminhos seguros para a educação. Não dá pra continuar enganando, fazer de conta que a escola está ensinando. Nós temos aí um percentual inacreditável de alunos que terminam o ensino fundamental sem saber ler e escrever, isso é inadmissível (...). Então nós apresentamos um conjunto de propostas que devolvem ao professor a autoridade necessária a fim de, tratar a escola com a devida importância que ela tem”, relatou Wilson.
O secretário Marco Marrafon falou de que forma esse relatório contribuirá com os trabalhos da Seduc e que a secretaria já fez um estudo prévio pra pensar as politicas públicas. “O Pró-Escolas, por exemplo, já contempla alguns aspectos desse relatório. O ensino fundamental hoje tem uma grande qualidade porque mantém os alunos na escola, a evasão é baixa, mas o problema da aprendizagem ainda persiste e é onde precisamos corrigir. Então a política que a gente está implantando agora já é informar, a partir do primeiro ano de cada ciclo, que será exigido o cumprimento de objetivo e aprendizagem pra que eles possam então avançar no ciclo seguinte, ou seja, a cada três anos haverá a possibilidade de retenção por um ano, essa é uma inovação e uma forma de repensar o ensino fundamental em Mato Grosso”, explicou o secretário.
O deputado estadual e presidente da Comissão de Educação, Ciência, Tecnologia, Cultura e Desporto da Assembleia Legislativa do Estado de Mato Grosso, Allan Kardec (PT), também relatou a importância desse relatório para a educação do estado. “Importante o relatório porque fazer a discussão do Ciclo de Formação Humana é necessário. O ciclo, que já tem mais de uma década implantado, precisa ser debatido, precisa ser discutido. Muitas vezes o Ciclo de Formação é criticado, porque em alguns casos não foi implantado na sua totalidade”, disse Kardec.
Já o conselheiro do Conselho Estadual de Educação de Mato Grosso (CEE/MT), Carlos Alberto Caetano, disse que “o relatório é o resultado de um trabalho onde o Ciclo de Formação Humana veio para o centro do debate da educação de Mato Grosso. Nós precisamos ter uma política que avance e eu creio que o relatório aponta essa direção e eu acho que a grande importância desse momento hoje é de nós termos um norte pra 742 escolas da rede estadual de ensino”, disse o presidente.
Também estiveram presentes no evento o secretário-adjunto de Políticas Educacionais, Edinaldo Gomes de Sousa; a presidente do Conselho Estadual de Educação de Mato Grosso (CEE/MT) Adriana Tomasoni; a presidente do Conselho Municipal de Educação de Cuiabá, Regina Lúcia Borges Araújo; a diretora da Escola Estadual Dr. Hélio Palma de Arruda, Eliane Aparecida de Melo; além de representantes de Assessorias Pedagógicas; Centro de Formação dos Profissionais de Educação de MT; Diretores de Escolas; Comissão de Educação, Ciência, Tecnologia, Cultura e desporto da Assembleia Legislativa do Estado de Mato Grosso e demais instituições públicas de ensino.
Relatório do Ciclo de Formação Humana – O relatório apresenta reivindicação dos professores, gestores, pais e alunos que participaram efetivamente de todas as Audiências Públicas sobre a educação. O documento aponta a realidade do sistema de ensino por Ciclo de Formação Humana implantado em Mato Grosso no ensino fundamental, bem como as dificuldades e expectativas da qualidade da educação pública.
As audiências foram realizadas nos municípios polos de Barra do Garças, Cáceres, Rondonópolis, Alta Floresta, Cuiabá, Tangará da Serra, São Félix do Araguaia e Sinop, com a participação de seus municípios adjacentes, nos anos de 2015 e 2016. Cerca de seis mil pessoas participaram.
“Ousei, ao lado de inúmeros colaboradores diretos e indiretos, pensar que, juntos, podemos revolucionar o ensino mato-grossense. Assim o ponto de partida foi a consulta, o debate e o diagnóstico da nossa realidade e fizemos isso de maneira democrática, indo a todas regiões de Mato Grosso, levando em audiências públicas, os nossos anseios, os nossos questionamentos e acima de tudo ouvindo os profissionais”, finalizou Wilson Santos.
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