Alunos de 16 a 18 anos de São Gonçalo e Niterói foram os primeiros do Brasil a participar da disputa para a construção de veículos de exploração espacial
Por Roberta Vassallo
Uma equipe de seis estudantes dos colégios particulares Santa Terezinha e Odete São Paio (São Gonçalo) e Pedro II (Niterói), no Rio de Janeiro, com idades entre 16 e 18 anos, levou dois prêmios em uma competição da Nasa, a agência espacial norte-americana, para a construção de um veículo para ambientes extraterrestres. Os Spacetroopers, como se nomearam, foram o primeiro time brasileiro a participar da Nasa Human Exploration Rover Challenge, que teve sua 8ª edição no final de março.
Os estudantes Nathália Pires, 18 anos, Rafaela Bastos, 17, Larissa Perrone, 18, Alexandre Rodrigues, 18, Fellipe Franco, 17, e Yago Dutra, 16, amantes da ciência, já tinham experiência em competições de conhecimentos. A equipe começou a ser formada por Rafaela, Felipe e Nathália, que pretendiam participar de uma competição de matemática em Harvard, mas perderam o prazo da inscrição. Rafaela encontrou o desafio da Nasa algum tempo depois e propôs a formação do time.
Para chegar até lá, porém, enfrentaram muito mais desafios do que apenas a construção do carrinho. Já na inscrição surgiu o primeiro: o Brasil não estava entre os países possíveis na lista. Enviaram, então, um e-mail com a intenção de participação e o pedido de inclusão, que foi aceito. Alguns dias depois, o Brasil já figurava entre as opções no formulário.
Para de fato participarem, porém, precisavam também do dinheiro para a construção e transporte do carrinho ao Alabama, nos Estados Unidos, sede do US Space and Flight Center, onde foi disputada a competição, além de recursos para a viagem dos seis. Fizeram então uma vaquinha online e procuraram meios de divulgar. Funcionou e foram convidados até para o programa Caldeirão do Huck, apresentado por Luciano Huck, da TV Globo, onde ganharam parte do que precisavam.
A escassez de dinheiro foi o que garantiu o diferencial do carrinho: o seu custo baixo. “A gente não tinha recursos, principalmente no início, mas não podíamos esperar ter para começar a construir. Dá para perceber bem a discrepância entre os recursos deles e os nossos, tinha carrinho lá de 18 mil dólares. Toda a nossa viagem deve ter custado isso”, afirma Larissa. O carro foi construído em dois meses, intervalo entre a inscrição e o prazo para levar até o local da competição, e teve um custo de mil dólares.
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