sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

Seduc faz evento para motivar a leitura

Para celebrar o Dia Nacional do Livro Didático, comemorado nesta sexta-feira (27.02), a Secretaria de Estado de Educação (Seduc) e o Núcleo Estadual dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM-MT) em Mato Grosso vão reunir professores e instituições para fomentar ações com o objetivo de sensibilizar a população sobre a importância da leitura.

O evento, que acontecerá no auditório da Seduc a partir das 15h30, tem como tema: “Ler é Bom, Experimente!”. Os organizadores querem mobilizar, ao longo do ano, escolas e a sociedade para a importância de conservar o livro didático, além de promover a leitura.

A proposta é engajar toda a sociedade mato-grossense na criação de bibliotecas em instituições públicas e particulares, bem como na arrecadação de livros, vídeos e revistas. “Devemos nos empenhar para fazer uma campanha única pela conscientização”, resume as professoras Sonia Maria Bispo Amorim e Simone Zanelatti.

As professoras esclarecem que, em 2015, o foco principal passou a ser o incentivo à criação de bibliotecas. Elas informaram que, em meados de 2000, a Organização das Nações Unidas (ONU), ao analisar os maiores problemas mundiais, estabeleceu 8 Objetivos do Milênio – ODM, que no Brasil são chamados de 8 Jeitos de Mudar o Mundo. Estes itens – segundo o organismo mundial - devem ser atingidos por todos os países até 2015.

A campanha de doação de livros didáticos – que ocorrerá simultaneamente em todo o pais –, é um meio de alcançar as demandas diagnosticadas pela ONU no início deste século e se mostra também “uma oportunidade para juntos mudarmos a nossa rua, a nossa comunidade, a nossa cidade, o nosso país”, resumiram.
Veja Aqui o convite: convite_livro-01.jpg

Assessoria Seduc/MT

http://www.seduc.mt.gov.br/Paginas/Seduc-faz-evento-para-motivar-a-leitura.aspx

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

16 Estados gastam menos do que o mínimo indicado com aluno de Ensino Médio

O valor investido pelo governo federal em alunos do ensino médio de 16 Estados do País em 2015 não é suficiente para garantir a qualidade mínima de educação. Nas redes públicas de Bahia, Ceará, Minas Gerais, Paraná e Rio de Janeiro, entre outros, o gasto estimado pelo governo federal ficará abaixo dos R$ 3.771, valor mínimo do Custo Aluno-Qualidade (CAQi), referência aprovada no Plano Nacional de Educação.
O valor mínimo necessário por aluno para garantir uma educação de qualidade foi atualizado a pedido do iG por José Marcelino de Resende, professor da USP e presidente da Fineduca (Associação Nacional de Pesquisa em Financiamento da Educação) com base em parecer aprovado pelo Conselho Nacional de Educação em 2010.
Neste custo estão inclusos o custo de professores com formação e salário adequados, limites mais baixos no número de crianças por sala, escolas com biblioteca, laboratórios de ciência e informática e quadra esportiva.
Em dez Estados, o valor investido por aluno do ensino médio será de R$ 3.220,46 – gasto mínimo estipulado pelo Fundeb em portaria publicada no dia 29 de dezembro de 2014.
Apenas 11 Estados têm valor superior ao mínimo de qualidade para o nível, entre eles estão Rondônia, Roraima, São Paulo e Rio Grande do Sul.
O ensino médio é a fase escolar que mais tem provocado preocupações em relação ao mau desempenho dos estudantes. Na última avaliação do MEC, o país ficou abaixo da meta. Os estudantes tiveram, em média, nota 3,7, de dez pontos possíveis. E em 16 Estados, houve piora nos resultados de 2013 em relação a 2011.
Salário do professor e redução do nº de alunos por sala aumentam custo
A implementação da Lei do Piso para professores, criada em 2008, e a redução do número de estudantes por sala são os dois itens de maior impacto no Custo Aluno-Qualidade, de acordo com Resende.
"O pessoal é o principal gasto da educação. Quando você reduz o número de estudantes por sala, precisa de mais professores."
No parecer do CNE, está previsto o limite de 30 alunos em salas do ensino médio. Em São Paulo, o limite usado na rede estadual é de 40 estudantes, no entanto, as aulas da rede voltaram neste ano com salas de até 85 alunos matriculados.
Outro ponto importante é a equidade na qualidade da educação, como previsto pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. "Você tem que ter critérios mínimos. As escolas do Amazonas e de São Paulo são diferentes, claro que são. Mas nem por isso você pode abrir mão de ter biblioteca com bom acervo ou laboratório de ciência em uma escola do Amazonas. Devem ser diferentes, mas tem de ter", indica Daniel Cara, coordenador da Campanha Nacional pelo Direito à Educação.
O Censo Escolar 2013, compilado pelo Qedu, mostrou que 65% das escolas brasileiras não têm biblioteca. Um trabalho feito por pesquisadores da UFSC e da UnB aponta ainda que 44% das escolas do País não têm TV ou computador.
CAQi deve ser aplicado a partir de 2016
O parâmetro, defendido pela Campanha Nacional pelo Direito à Educação, foi incluído no Plano Nacional de Educação sancionado pela presidente Dilma Rousseff em 2014. O plano prevê que até 2016, o valor de referência para o gasto com cada estudante de educação básica tenha como referência critérios de qualidade mínima da educação.
"São critérios muito objetivos, que são o mínimo que todas as escolas deveriam ter e não têm. O CAQi é o que diz a LDB. É melhor que o Fundeb, que é apenas um fundo contábil com o rateio de quanto se investe", avalia Resende. "Tem que investir, foi isso que outros países fizeram para sair do buraco."
O plano, aprovado em 2014, prevê o aumento de investimentos em educação até o índice de 10% do Produto Interno Bruto até 2024. Hoje, o percentual é de aproximadamente 6,1% do PIB. O texto responsabiliza a União pela complementação, quando necessário, do valor mínimo gasto por redes municipais e estaduais e isso é parte do entrave.
Com o corte de gastos implementado pelo governo de Dilma no início deste ano, o MEC sofreu uma redução de R$ 7 bilhões em seu orçamento e foi o ministério mais afetado.
Segundo estimativas da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, seriam necessários R$ 37 bilhões de acréscimo para que as matrículas atuais das redes públicas atingissem o nível do CAQi. Se considerada a meta de inclusão de todos os brasileiros de 4 a 17 anos na escolas em 2016, outros R$ 13 bilhões teriam de ser adicionados, informa Cara. O investimento seria algo próximo a 1% do PIB.
Na Conferência Nacional de Educação realizada no fim do ano passado, os representantes pediram o parecer do CNE sobre o CAQi, de 2010, seja homologado pelo ministério até maio de 2015 "para constar das leis orçamentárias para o ano de 2016, momento em que o CAQi deve estar implementado", afirma o documento.
Procurado, o Ministério da Educação não respondeu se o parecer do CNE deve ser homologado ainda este ano, quais seriam as estimativas do ministério de valor do CAQi e se o ministério trabalha com a expectativa de implementar o Custo Aluno-Qualidade em 2016.

http://www.todospelaeducacao.org.br/educacao-na-midia/indice/32853/16-estados-gastam-menos-do-que-o-minimo-indicado-com-aluno-de-ensino-medio/

terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

Olimpíada para estudantes de escola pública está com inscrições abertas até 31 de março


As inscrições para a 11ª Olimpíada de Matemática das Escolas Públicas (Obmep) estão abertas e devem ser feitas até 31 de março próximo. Participam da competição as escolas públicas municipais, estaduais e federais que tenham, matriculados, estudantes do sexto ao nono ano do ensino fundamental e dos três anos do ensino médio.
A Obmep premiará 6,5 mil alunos — 500 com medalhas de ouro, 1,5 mil com as de prata e 4,5 mil com as de bronze. Os medalhistas serão convidados a participar, no próximo ano, do Programa de Iniciação Científica Júnior.
Todos os estudantes inscritos participarão da primeira prova, a ser realizada na própria escola, em 2 de junho próximo. O desafio é resolver 20 questões de múltipla escolha. Nesta fase serão selecionados 5% dos estudantes, por escola, com melhor pontuação. Eles estarão classificados para a segunda etapa, em 12 de setembro. A relação de vencedores será divulgada em 27 de novembro.
Promoção dos ministérios de Ciência, Tecnologia e Inovação e da Educação, a Obmep é realizada pelo Instituto Nacional de Matemática Pura Aplicada (Impa) e pela Sociedade Brasileira de Matemática (SBM). Realizada desde 2005, a competição incentiva o estudo da matemática nas redes públicas da educação básica de todo o país. Para atrair participantes, produz e distribui material didático, oferece bolsas de iniciação científica aos estudantes e reconhecimento aos educadores, escolas e secretarias. A cada ano, prepara 30 medalhistas de ouro para participação em competições internacionais.
A 10ª edição, em 2014, registrou 18,1 milhões de inscrições, com a adesão de 46.711 escolas públicas da educação básica do país.
Assessoria de Comunicação Social

Governo quer anular venda de terreno e reconstruir escola

MPE apura crimes de alienação irregular de coisa pública e dano ao erário


CAMILA RIBEIRO 
DA REDAÇÃO
MidiaNews-José Medeiros/GCom

O secretário de Educação, Permínio Pinto Filho, afirmou que o Governo do Estado busca reverter a venda de um terreno de 3.770 m², localizado na Avenida Lavapés, no bairro Duque de Caxias, e que abrigava a Escola Estadual José Magno.

O terreno foi vendido, durante a gestão do ex-governador Silval Barbosa (PMDB), à empresa FS Properties Empreendimentos Imobiliários Ltda., por R$ 590 mil. Atualmente, estimativas do mercado imobiliário apontam para um valor venal de R$ 5 milhões.

"O governador Pedro Taques deu essa determinação para que a gente resolva de forma definitiva esse problema e destine o terreno à construção da sede da Escola Estadual Jose Magno"
O secretário disse que em janeiro passado o Instituto de Terra de Mato Grosso (Intermat) publicou um ato no Diário Oficial do Estado que suspende a negociação do terreno, bem como a escrituração e o registro definitivo feito pela gestão passada. 

“O governador Pedro Taques deu essa determinação para que a gente resolva, de forma definitiva, esse problema e destine o terreno à construção da sede da Escola Estadual Jose Magno”, afirmou o secretário. 

“Pegamos toda essa documentação, enviamos a Procuradoria Geral do Estado, para que a PGE também solicite ou ajuíze ao cartório esse cancelamento. Porque como foi feito esse título definitivo, o cartório precisa cancelar esse procedimento”, completou Permínio. 

O Ministério Público Estadual (MPE) também instaurou inquérito para analisar a transação feita pelo Governo do Estado e a FS Properties. 

De acordo com o promotor de Justiça Roberto Turim, caso comprovado indício de irregularidade, o MPE pedira a nulidade da venda. 

Conforme determinação do promotor, a Secretaria de Educação e o Intermat já encaminharam ao MPE toda documentação referente a essa movimentação. 

“Provavelmente uma ação judicial, a Justiça é que determinará ao cartório o cancelamento desse registro”, afirmou o secretário de Educação. 

Aluguel de R$ 20 mil 

A demolição do antigo prédio ocorreu ainda em 2008, na gestão do Governo Blairo Maggi (PR), que tinha, à época, Luiz Antônio Pagot à frente da Secretaria de Educação. 

Ato do Intermat publicado no Diário Oficial do Estado
Após a demolição, os alunos foram transferidos para um prédio localizado próximo ao bairro Santa Rosa, com a promessa de que o antigo prédio da escola seria reconstruído, o que não ocorreu. 

O atual secretário de Educação afirma que o Estado desembolsa mensalmente R$ 18.428,31 pelo aluguel do prédio onde funciona a escola. 

Venda e inquérito 


O ex-governador Silval Barbosa assinou o título de venda do terreno em dezembro de 2013. 

A empresa que adquiriu o espaço, a FS Properties Empreendimentos Imobiliários Ltda, segundo o MPE, é de propriedade de Bruno Simioni.

O inquérito instaurado pelo MPE apura a ocorrência de crimes de alienação irregular de coisa pública, dano ao erário e de violação aos princípios administrativos da moralidade e da legalidade.

De acordo com Turin, a expectativa é de que, até meados de março, as investigações sejam concluídas e, aí então, seja determinado um eventual pedido de nulidade da venda.

Leia também: 

MPE pode pedir a anulação de venda de área de escola em Cuiabá

http://www.midianews.com.br/conteudo.php?sid=1&cid=224727

Movimento estimula jovens a buscarem a felicidade


“As escolas discutem pouco o que é importante de verdade. Somos ensinados a entender a vida como uma luta, uma batalha, mas o mais importante é aprender a viver e não aprender a ganhar a vida”. Esse é o argumento de Rogério Oliveira, ao explicar o movimento que fundou, oBuena Onda, que realiza palestras, aulas e workshops para empresas e escolas sobre felicidade, mudanças e escolhas.
Voltada para jovens que estão prestando vestibular, o movimento participa do Descomplica, um site de videoaulas que prepara estudantes para o Enem, com o intuito de ajudar a tirar o peso que esse momento de escolhas relacionadas a universidade, carreira e profissão representa para o jovem. “É como se isso fosse definir quem eles vão ser para o resto da vida. Por isso, nos propomos a falar o que eles não escutaram durante todos os anos da vida escolar”, argumenta Oliveira.
buena ondaCrédito Coloures-pic / Fotolia.com

A aula de mais de duas horas de duração baseia a parte conceitual em um manuscrito de Platão, conta o fundador, e é dividida em três elementos principais que, combinados e colocados em prática, elevam as chances de se levar uma existência mais plena: ser dono da própria vida, a questão da liberdade e sair do piloto automático.
“Ser dono da própria vida quer dizer assumir a responsabilidade, queremos levar a ideia de protagonismo para os jovens”, conta. Sobre a questão da liberdade, o debate é contra a autocensura que muitas pessoas fazem para ou por causa de outras pessoas. “É sobre manter suas crenças em todas as situações, independentemente do julgamento dos outros”, resume Oliveira. Já sair do piloto automático quer estimular os jovens a perceberem o quanto das decisões que tomam são por eles e o quanto são pela formação que tiveram de casa, do bairro, da cidade ou país. “Queremos faze-los questionar se realmente querem fazer o que estão fazendo. Querem mesmo fazer uma faculdade? Querem ter filhos?”, pontua.
“Ser dono da própria vida quer dizer assumir a responsabilidade, queremos levar a ideia de protagonismo para os jovens”
Todo esse trabalho é para fazer os jovens que estão buscando seus próprios caminhos compreenderem que podem trilhar rumos completamente diferentes do padrão, do comum na sociedade. “Somos quase uma linha de montagem, desenhados para funcionar nessa engrenagem, somos programados desde cedo para isso”, argumenta Oliveira, que completa dizendo que o mais valioso é o entendimento que “ser eu mesmo” basta.
Para ele, quanto mais cedo esses questionamentos e reflexões forem feitos, melhores serão os resultados, pois “quanto mais tempo de vida passar, mais treinado estamos para fazer parte dessa engrenagem”.
O movimento está desenvolvendo um projeto para trabalhar com crianças, que será mais voltado para questões de percepção corporal, envolvendo meditação e atividades mais lúdicas. “É como aprender um novo idioma, quanto mais cedo, melhor”, diz Oliveira.
http://porvir.org/porfazer/movimento-estimula-jovens-buscarem-felicidade/2015021
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segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

Cuiabá: Mais de 150 creches e escolas estão irregulares

Das 155 instituições de educação básica privadas da Capital mato-grossense cerca de 60% encontram-se em situação irregular. Conforme levantamento realizado pelo Conselho Municipal de Educação de Cuiabá (CME) no último ano, 94 delas não possuem os documentos necessários para funcionamento, enquanto apenas 61 estão em dia com a regularização.
Em 2013, foi realizada uma campanha de inspeção nas unidades educacionais instaladas na cidade, e a situação na época era mais grava. Foram encontradas 165 instituições que não estavam de acordo com o credenciamento e autorização, em contrapartida 41 cumpriam as resoluções do CME. Com a inspeção, muitas uniddade foram fechadas e outras se organizaram para regularizar a situação.
Presidente do Conselho, Regina Lúcia Borges Araújo lembra que a colaboração dos pais na fiscalização é fundamental para a segurança e qualidade do ensino dos filhos.“Geralmente os pais procuram uma instituição próxima à residência, com um preço que eles podem pagar e que aparentemente são corretas. Mas podem descobrir futuramente e de forma desagradável que não era nada do que parecia ser”.
No Parque Cuiabá, um bebê de sete meses engoliu um pedaço de plástico utilizado em instalação elétrica, deixado em uma sala de repouso de uma creche. A unidade funcionava de maneira irregular e mesmo a criança sendo atendida rapidamente, após uma cirurgia, não resistiu e acabou morrendo seis dias depois do ocorrido, em janeiro de 2013. A creche foi fechada logo em seguida.
SEGURANÇA - Existe um check list que o mantenedor de entidade privada deve seguir para poder colocar a unidade em funcionamento. Para tanto, o quesito segurança é considerado um dos mais importantes.
Dentre estes está a relação dos equipamentos específicos e mobiliários existentes, equipamentos laboratoriais; alvará ou laudos técnicos expedidos pelos órgãos de vigilância sanitária, do setor de urbanismo ou equivalente do Poder Público; indicação do estado de conservação do prédio escolar destacando piso, paredes, janelas, vidros e telhados; relatório indicando o estado de conservação dos equipamentos e mobiliários existentes, sem restrições, além de outras 14 exigências subdivididas.
Regina destaca ainda outros pontos. “É importante saber quantas crianças ficarão na sala, quantos funcionários/educadores atenderão estas crianças, se existe pelo menos duas saídas de emergência, se a unidade possui extintor de incêndio, caso tenha piscina se existe a capa de proteção desta, dentro muitos outros quesitos”.
http://folhamax.com.br/cidades/mais-de-150-creches-e-escolas-estao-irregulares/36872

domingo, 22 de fevereiro de 2015

Aos 24 anos, indígena Umutina é o 1º a ingressar em mestrado na UFSCar

Lennon Ferreira Corezomaé busca ajudar sua aldeia por meio dos estudos.
Ele foi o 1º indígena a concluir o curso de Educação Física na universidade.


Orlando Duarte NetoDo G1 São Carlos e Araraquara
Lennon Corezomaé será o primeiro indígena a cursar mestrado na UFSCar (Foto: Lidiane Volpi/UFSCar)

Aos 24 anos, o estudante Lennon Ferreira Corezomaé será o primeiro estudante indígena a cursar um mestrado na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). Ele também foi o primeiro indígena a concluir o curso de Licenciatura em Educação Física na universidade, sendo aprovado logo em seguida para uma pós-graduação em Educação. De origem humilde, o rapaz busca ajudar a questão indígena, sem perder suas raízes por conta de sua vivência nos centros urbanos. Sua pesquisa, intitulada ‘Escola Indígena: compreendendo os processos educativos relacionados à afirmação da identidade Umutina’ tem como objetivo entender, a partir do olhar de seu povo, a valorização da identidade transmitida pelas aulas.

Da etnia Umutina Bala Tiponé, o jovem é filho mestiço de pai indígena e mãe não-indígena e nasceu em uma aldeia na região centro-oeste do Mato Grosso, a 180 quilômetros de Cuiabá (MT). “Minha mãe não é indígena, mas está muito ligada às aldeias. Ela é professora e por isso acabei indo morar em lugares muito distintos. Quando ela deu aulas no Maranhão, em outra aldeia indígena, acompanhei ainda pequeno. Em seguida, fomos para uma aldeia no Mato Grosso e ficamos lá por algum tempo. Depois, morei em Rondonópolis e estudei em uma escola pública municipal até voltar para a minha aldeia e terminar os estudos em casa”, relatou.
Estudante de São Carlos pretende levar conhecimento para sua aldeia (Foto: Orlando Duarte Neto/G1)Estudante pretende levar conhecimento para sua
aldeia (Foto: Orlando Duarte Neto/G1)
Lennon explicou que, a partir de sua trajetória, passou a compreender melhor a importância da identidade Umutina e como a escola indígena a constrói. “Há uma forte relação da escola com a identidade e por meio do meu projeto de mestrado vou estudar esse elo. A nossa escola, a Escola Indígena Jula Paré, é uma das poucas que possui um projeto político e pedagógico. Minha intenção agora é a de descobrir o que é importante para a formação dessa identidade e, a partir disso, pensar em projetos para outras escolas indígenas, quem sabe”, disse.

Indígenas
O estudante relatou que sua maior vontade é a de ajudar a questão indígena e, acima de tudo, levar inspiração para quem deseja seguir o mesmo caminho trilhado por ele. “Se meu projeto der certo, posso acabar influenciando em algo que ajude a nossa causa ou até abra algum caminho. Minha ideia é pegar o conhecimento e levá-lo de volta para a tribo. Além de organizar outras escolas indígenas, também podemos aprender sobre o que somos capazes de melhorar na nossa. Pretendo incentivar, pois também fui incentivado. Todos nossos professores da aldeia são indígenas e passaram por uma formação", contou.
"A maioria dos nossos docentes teve formação com projetos de magistério para indígenas e sempre nos incentivaram a fazer uma graduação. Tenho dois tios que são professores e me contaram sobre as dificuldades de ser um indígena em cursos assim. Mesmo assim, afirmaram que para eles foi muito gratificante, pois puderam levar conhecimento para a aldeia, o que mudou totalmente nossa rotina”, pontuou.
“Temos que saber levar, não é chegar levando o conhecimento do não-indígena e querer mudar tudo. Por isso, acho importante mantermos o contato com a aldeia. O nosso pensamento aqui pode não ser o mesmo pensamento de lá, pois tivemos contato com outra realidade e pensamos de forma diferente. Temos que observar e ouvir o que querem de nós para melhorarmos nossa vida. Não tenho essa intenção de mudar as coisas, pois a partir desse conhecimento que adquirimos, conseguimos nos manter de uma forma melhor. Por exemplo, no caso de uma lei nova, podemos interpretá-la nós mesmos, e não depender de terceiros”, avaliou.

Conquista e dificuldades
Sobre o ingresso no curso de mestrado, o indígena afirma que ficou muito feliz, pois a vitória também pertence a outras pessoas. “Eu sabia que era possível, tive receio, mas muitas pessoas me apoiaram durante a graduação e pude aprender muito. Quando vi meu nome como aprovado, pensei nisso como uma conquista de muita gente, desde meu povo até os amigos e professores daqui que me ajudaram nesse caminho. As pessoas que trilharam essa história antes de nós também incentivam. Esse talvez seja o meu maior legado, pois as pessoas podem ter um impulso ao conhecerem minha trajetória. Mesmo que eu não faça nada, apenas o fato de eu ter passado para o mestrado pode impulsionar alguém”, ponderou.
Jovem indígena relatou sua trajetória na UFSCar em São Carlos (Foto: Orlando Duarte Neto/G1)Jovem indígena relatou sua trajetória na UFSCar
(Foto: Orlando Duarte Neto/G1)
De acordo com o jovem, no entanto, dificuldades também surgiram durante a mudança da aldeia para cidade. “Sair de casa já é difícil. O pessoal da aldeia acha distante e não sabe o que a gente vem fazer aqui e o que pode sair disso. Os mais velhos não entendem o conhecimento que podemos levar, então é difícil virmos para cá. Viemos, mas a saudade no começo é muito forte. O tempo de vida é muito diferente, pois aqui é muito acelerado, as pessoas fazem as coisas rápido. Até na questão de conversas, as pessoas já respondem com rapidez. Na aldeia temos um tempo nosso, diferente. No começo também houve a questão da leitura e da escrita, mas uma professora ajudou bastante com um curso voltado para indígenas. Alguns de nós tem problemas com moradia, alimento, mas para mim foram apenas essas as dificuldades”, completou.

De acordo com Lennon, sua conquista deixa evidente a importância das políticas de ações afirmativas no Ensino Superior, que ajudam que indígenas e não-indígenas aprendam entre si e troquem conhecimentos. “Quando as pessoas olham para nós, indígenas, existem vários tipos de olhares. Tem o olhar de interesse, o de curiosidade, o de espantamento e o de estranheza também. Cada um reage de uma maneira, mas posso dizer que nunca fui vítima de preconceito durante o tempo em que estive na universidade. Se fizeram algo, foi muito implícito. Outros indígenas vieram da minha aldeia, mas no caso deles não posso afirmar que tenha sido da mesma maneira”, falou.
Mesmo que queira ser outra pessoa, sou um indígena e tenho orgulho disso"
Lennon Ferreira Corezomaé
Cultura
Por estar inserido em outra cultura, o jovem e seus companheiros de aldeia fazem o máximo para não se esquecerem das tradições e, principalmente, da cultura de seu povo. “Entre nós, tentamos falar o idioma próprio da aldeia para não perdermos a prática, além de cantarmos músicas e fazermos outras atividades ligadas à nossa cultura. Isso tudo acontece apenas quando estamos com outros indígenas. Já na questão da pintura e os adornos, sempre tentamos manter alguma coisa. Eu acho bonito, mas podemos ser discriminados também, pois muita gente acha estranho. Em qualquer etnia, os adornos são utilizados para festas e comemorações, mas alguns podem ser utilizados no dia a dia. A formatura para mim foi uma situação de festa e de batalha, por isso usei acessórios indígenas ao invés da beca tradicional”, comentou o estudante.

A respeito do distanciamento da mentalidade adquirida nos últimos anos em relação ao modo de funcionamento da aldeia, Lennon afirma que não será influenciado. “Não tenho medo de perder as tradições, pois nunca me distanciei de lá. Sempre visito no meio e no fim do ano, para não perder o modo de pensar e o contato. Nunca vou deixar de ser um Umutina. Talvez não nos pintemos mais e não usemos os adornos como sempre, mas sabemos fazer e sabemos o significado de tudo isso. Uma pessoa olha para mim e sabe que sou um índio. Mesmo que queira ser outra pessoa, sou um indígena e tenho orgulho disso”, comentou.
Lennon, a mulher Tainara e o filho em São Carlos (Foto: Orlando Duarte Neto/G1)Lennon, a mulher Tainara e o filho em São Carlos
(Foto: Orlando Duarte Neto/G1)
Família
Casado, Lennon explica que ele e a mulher vieram juntos da aldeia e desde então dividem uma casa na cidade de São Carlos. Ambos estão certos de que vão voltar para casa assim que concluírem os estudos. “Em dois anos vamos terminar de estudar e voltamos para casa. Ela vai concluir o curso de biblioteconomia e eu vou ter terminado meu mestrado. Vamos sair juntos, pois viemos juntos. Ela foi minha companheira durante toda a trajetória”, comentou.

Do casamento, veio o primeiro filho do casal, hoje com três meses. O estudante explica que já tem planos para o filho, mas apenas o amadurecimento da criança é que fará com que se concretizem. “Minha vontade é que ele cresça na aldeia, mas quando crescer só ele pode decidir os passos dele. Quero que ele estude, faça o ensino médio e, se quiser, faça a graduação. Se ele preferir defender a cultura fortemente, ser uma liderança indígena, tudo bem. O que ele desejar e quiser fazer de coração, vamos aceitar”, finalizou.

http://g1.globo.com/sp/sao-carlos-regiao/noticia/2015/02/aos-24-anos-indigena-umutina-e-o-1-ingressar-em-mestrado-na-ufscar.html

MPE investiga falta de bibliotecas

JOANICE DE DEUS
Da Reportagem

O Ministério Público do Estado (MPE) abriu inquérito para apurar suposta ausência de bibliotecas e de profissionais habilitados na área nas escolas da rede municipal de Cuiabá. Procedimentos semelhantes também já foram ou serão adotados em relação às unidades do Estado, da rede privada e universidades.

No inquérito, o promotor de Justiça Sérgio Silva da Costa justifica que todas as instituições de ensino públicas e privadas devem contar com bibliotecas, que obrigatoriamente devem possuir acervo de livros de, no mínimo, um título para cada aluno matriculado, além de profissionais formados em Biblioteconomia para administrar, organizar e executar os serviços de documentação, classificação e catalogação dos livros.

Conforme Sérgio da Costa, a falta do espaço e do bibliotecário ferem normas, como a Lei federal 12.244/2010, que prevê a universalização das bibliotecas nas instituições de ensino do país, e a 4.084/1962, que dispõe sobre a profissão de bibliotecário e regula seu exercício.

No inquérito, o promotor destaca que o artigo 3º da Lei 12.244 diz que “os sistemas de ensino do País deverão desenvolver esforços para que a universalização das bibliotecas escolares seja efetivada num prazo máximo de 10 anos, respeitada a profissão de bibliotecário”.

De acordo com Costa, a abertura do inquérito teve como referência um diagnóstico feito pelo MPE, a partir de uma consulta feita à Secretaria Municipal de Educação (SME), mostrando a necessidade das unidades possuírem espaços apropriados para discentes e docentes.

“A qualidade da educação pressupõe a oferta de ambientes adequados em sala de aula, mas também para as atividades extracurriculares, especialmente, as bibliotecas com acervo de livros disponíveis para que o aluno e o professor possam aprofundar os seus conhecimentos”, comentou.

Nesse contexto, Sérgio da Costa lembrou que também foram propostas investigações referentes ao Estado e às universidades, que vêm fazendo os ajustes necessários. O mesmo deve ocorrer em relação às unidades particulares, que ofertam os ensinos fundamental e médio.

Além de cobrar da SME um planejamento para resolução das irregularidades e oferta das bibliotecas, consequentemente, do acervo e da presença do profissional formado na área, o promotor solicitou diligências nas escolas para apurar “os prejuízos de suas ausências ao desenvolvimento pedagógico dos alunos”.

O MPE ainda aguarda para o fim deste mês ou início de março uma posição do órgão municipal de Educação.

Em nota, a Secretaria de Educação informou que a rede municipal possui 89 escolas de ensino fundamental e que, desse total, 21 possuem “bibliotecas totalmente equipadas conforme determina a lei, ou seja, um livro para cada aluno”. Pelo menos 44 unidades possuem acervo.

Ainda conforme a SME, a rede municipal tem 50 bibliotecários.

“Além das bibliotecas nas escolas, a rede municipal possui seis bibliotecas com um acervo de 75 mil exemplares. Essas unidades funcionam nas quatro regiões de Cuiabá e está disponível para atendimento da população”, diz a nota, que reforça ainda que há um prazo para que todas as escolas tenham biblioteca, que é o ano de 2020. 


http://www.diariodecuiaba.com.br/detalhe.php?cod=466875

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

FNDE anuncia pagamentos de bolsas do PNAIC e PNAFEM

Ao todo, 423 mil participantes do Pacto Nacional pelo Fortalecimento do Ensino Médio e do Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa receberão as parcelas de suas bolsas nos próximos dias, movimentando um total de R$ 173 milhões, liberados pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE).
As bolsas são um eixo importante de ambos os programas, que permitem aos educadores participar de programas de formação continuada. Segundo Idilvan Alencar, presidente do FNDE, “os programas são estratégicos para o Brasil, e as bolsas fazem muita diferença para os profissionais do dia-a-dia da educação”.
O Pacto Nacional pelo Fortalecimento do Ensino Médio representa a articulação e a coordenação de ações e estratégias entre a União e os governos estaduais e distrital na formulação e implantação de políticas para elevar o padrão de qualidade do Ensino Médio brasileiro, em suas diferentes modalidades, orientado pela perspectiva de inclusão de todos que a ele tem direito.
Já o Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa é um compromisso formal assumido pelos governos federal, do Distrito Federal, dos estados e municípios de assegurar que todas as crianças estejam alfabetizadas até os oito anos de idade, ao final do 3º ano do ensino fundamental.

http://www.fnde.gov.br/fnde/sala-de-imprensa/noticias/item/6248-fnde-libera-r$-173-milh%C3%B5es-para-bolsas-do-pacto-do-ensino-m%C3%A9dio-e-alfabetiza%C3%A7%C3%A3o-na-idade-certa

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

O drama do ensino médio noturno

Mozart Neves Ramos, diretor de articulação e inovação do Instituto Ayrton Senna




O grande desafio brasileiro na área da educação está no ensino médio, na escola do jovem. O país está estagnado desde a década de 1990, quando as medições de desempenho escolar se tornaram mais regulares e transparentes. A título de exemplo, dos alunos que terminam a última etapa da educação básica, apenas 27 de cada 100 aprenderam o que seria esperado em língua portuguesa; em matemática, apenas nove.

Os estados que deram alguma demonstração mais recente de sair da estagnação, como Pernambuco e Rio de Janeiro, com base no último Ideb, vêm investindo nas escolas de tempo integral (o que não significa apenas passar mais tempo na escola). Dadas as restrições do período noturno, a política de tempo integral não se adequaria. A grande questão que se coloca é: que modelo de escola o país deveria oferecer aos alunos do noturno?

O problema é urgente, já que se trata de 2,4 milhões de jovens matriculados no período, ou seja, 33% do total de alunos do ensino médio. Com base no Censo Escolar, 67% deles exercem algum tipo de trabalho e, se não tiverem formação adequada, não conseguirão manter o emprego em face das frequentes descontinuidades tecnológicas. Com isso, o exército dos nem-nem, que nem estudam nem trabalham — quase 10 milhões de jovens de 15 a 29 anos —, só tende a aumentar. Bomba social de efeito retardado.

Os dados evidenciam que existe diferença significativa no perfil dos alunos de cada turno. Os do período noturno são mais velhos e com elevada taxa de defasagem idade/série em decorrência, principalmente, da alta taxa de abandono escolar.

Enquanto a taxa de distorção idade/série é de 33% na rede pública do ensino médio, olhando separadamente para cada turno, chega-se à taxa de 23% dos alunos diurnos e 53% dos noturnos. Isso significa que mais da metade dos que estudam à noite está dois ou mais anos atrasada em relação à idade correta para a série cursada.

Se os alunos do ensino médio diurno já têm desempenho escolar pífio, os do noturno têm resultado ainda pior. A diferença entre os estudantes dos cursos diurno e noturno é, em média, de 23 pontos da escala Saeb em matemática e 24 pontos em língua portuguesa. Para se ter ideia do que corresponde, a diferença de pontos significa atraso de um ano e meio de escolaridade por parte dos alunos do noturno.

Usando a base do Enem de 2009, de acordo com a qual se pode diferenciar os estudantes do diurno e do noturno no ensino médio, dos 561.831 inscritos como concluintes na modalidade de ensino regular, 28,4% estavam matriculados no período noturno. Considerando todos os alunos, as notas entre os que cursavam o ensino diurno foram 26,5 pontos mais altas do que as do noturno.

O drama do ensino médio noturno foi revelado por pesquisa do Instituto Ayrton Senna, que agora está sendo disponibilizada para cada estado da Federação, mostrando a situação local. Assim, se quisermos ter, de fato, um ensino médio de qualidade com equidade, precisamos, necessariamente, pensar numa política para os alunos do noturno — política que leve em consideração o fato de eles trabalharem e serem, em média, três anos mais velhos que os do diurno.

É preciso pensar em oferta mais flexível de disciplinas, incorporando, por exemplo, a metodologia de ensino a distância (EaD). Além disso, não podemos deixar de levar em conta o problema da mobilidade urbana — o deslocamento do trabalho à escola. Incorporar ao contexto curricular atividades vinculadas ao mundo do trabalho também seria recomendável. Esses aspectos exigem pensar fora da caixa, de modo a obter solução adequada para os alunos do ensino médio noturno.

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

FNDE libera segunda parcela do Programa Dinheiro Direto na Escola 2014

A segunda parcela de 2014 do Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE) foi liberada pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). São R$ 350 milhões referentes ao programa que custeia a manutenção e os gastos regulares do ensino básico. Ao todo, 112 mil escolas, com mais de 29 milhões de alunos, são beneficiados diretamente pelos recursos liberados. Os fundos estão em processo de liberação desde o dia 5 de fevereiro, mas devem estar na conta das escolas nos próximos dias.
Criado em 1995, o PDDE tem a finalidade de prestar assistência financeira, em caráter suplementar, às escolas da rede pública de educação básica e às escolas privadas de educação especial mantidas por entidades sem fins lucrativos, registradas no Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS) como beneficentes de assistência social, ou outras similares de atendimento direto e gratuito ao público. O objetivo é promover melhorias na infraestrutura física e pedagógica das unidades de ensino e incentivar a autogestão escolar.
O presidente do FNDE, Idilvan Alencar, enfatizou que “o dinheiro do PDDE é importante para apoiar a autonomia da escola, já que são depositados diretamente na conta da própria escola”. Os recursos são transferidos independentemente da celebração de convênio ou instrumento congênere, de acordo com o número de alunos extraído do Censo Escolar do ano anterior ao do repasse. Destinam-se a pequenos reparos nas unidades de ensino e à manutenção da infraestrutura da escola. Também podem ser utilizados na compra de material de consumo e de bens permanentes, como geladeira e fogão.

http://www.fnde.gov.br/fnde/sala-de-imprensa/noticias/item/6242-fnde-libera-r$-350-milh%C3%B5es-do-programa-dinheiro-direto-na-escola

terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

MT: Lei disciplina o uso de aparelhos eletrônicos em sala de aula

Com o início do ano letivo, as escolas estaduais de Mato Grosso devem cumprir uma lei sancionada no final do ano passado, que proíbe o aluno de usar aparelho de celular e outros eletrônicos, entre eles tablet, notebook e câmera fotográfica, em sala de aula. Para os diretores de algumas escolas, a lei veio para reforçar normas internas já existentes em algumas unidades de ensino.
O uso de celulares por estudantes já gerou vários transtornos, como relataram as diretoras de duas grandes escolas de Cuiabá, a Presidente Médici e a André Avelino Ribeiro, no Centro de Cuiabá e no CPA. A diretora da Escola Estadual Presidente Médici, Patrícia Carvalho, disse que os estudantes já eram proibidos de usar o celular em sala de aula, somente era permitido em caso de ligações urgentes.
"O uso de celular já era contido, a não ser que o professor autorizasse, porque distrai o aluno se usado de forma inadequada", afirmou. Segundo ela, o aluno leva o celular para a sala, no entanto, o aparelho deve estar desligado e dentro da mochila. "Quando o aluno não atende aos comandos do professor, a coordenação é acionada e chamamos os pais desse estudante para que situações como essas sejam evitadas", explicou a diretora. A escola possui cerca de 2 mil alunos.
Já na Escola Estadual André Avelino Ribeiro a situação é mais grave. Na unidade não existia uma norma interna que proibia o uso do celular e os alunos eram apenas orientados sobre o mau uso de aparelho em sala de aula, o que já gerou situações complicadas na escola. A diretora Váléria Almada Arizawa contou que, certa vez, oito alunos estavam com o fone de ouvido durante uma aula. "Imagina em uma sala com 30 anos, oito usarem fone de ouvido e não prestarem atenção na aula?, afirmou.
Na unidade, o previsto na lei está em fase de adaptação, tanto para os professores quanto para os alunos. "Estamos fazendo um teste nesta semana, orientando os alunos e professores. Na sexta-feira (13) teremos uma reunião para verificar como a lei está sendo cumprida. Antes era na 'bronca' mesmo. Quando o professor se sentia prejudicado, ele comunicava a coordenação", contou a diretora.
A lei
A lei de autoria do deputado estadual Mauro Savi (PR) foi sancionada pelo então governador do estado, Silval Barbosa (PMDB), e publicada no Diário Oficial do Estado, na edição que circulou no dia 29 de dezembro do ano passado. Conforme a lei, o uso de celulares e outros aparelhos eletrônicos deverá estar condicionada à finalidade acadêmica e educacional e só poderá ocorrer com autorização do professor ou responsável pela classe.
http://www.al.mt.gov.br/leis/lei_12615.pdf

Fórum Nacional de Educação disponibiliza Documento-Final da Conae 2014



O Fórum Nacional de Educação (FNE), organizador da Conferência Nacional de Educação (Conae 2014) disponibiliza o Documento-Final da Conae 2014. O texto contém as propostas aprovadas pelos delegados e delegadas da etapa nacional da Conferência para o trilhar de caminhos da educação brasileira. (A etapa final da Conferência Nacional de Educação ocorreu de 19 a 23 de novembro de 2014, em Brasília). Para o coordenador do FNE, Heleno Araújo Filho, o Documento-Final é a sistematização de um grande debate nacional sobre a educação brasileira. "Ele será de grande importância para o momento de elaboração dos Planos Estaduais, Distrital e Municipais de educação e para história da educação no Brasil", enfoca.

O documento foi precedido de dois outros textos de embasamento de discussões pautados em sete eixos de discussão. O primeiro foi o Documento-Referência, discutido durante a etapa municipal/ intermunicipal e estadual/distrital. Já o segundo foi o Documento-Base, texto de discussões da etapa nacional. O Documento-Base foi construído com as emendas ao Documento-Referência apresentadas e aprovadas nas Conferências Estaduais que, em seguida, foram cadastradas no Sistema de Relatoria do Fórum Nacional de Educação/Ministério da Educação (MEC). A Comissão Especial de Monitoramento e Sistematização do FNE, responsável por esta compilação de propostas, condensou 11.488 registros de inserções, cadastradas pelos Fóruns Estaduais de Educação. Foram aproximadamente 30 mil emendas aos parágrafos existentes no Documento-Referência ou novos parágrafos para serem a ele acrescentados.

Plenária Final da Conae 2014

Com o tema "O Plano Nacional de Educação (PNE) na Articulação do Sistema Nacional de Educação: Participação Popular, Cooperação Federativa e Regime de Colaboração", a Conae 2014 reuniu aproximadamente 3,6 milhões de pessoas em torno do debate da educação brasileira nas etapas municipais/intermunicipais e estaduais/distrital, e, 3,9 mil participantes durante a nacional.
Fonte: FNE (Fórum Nacional de Educação)

INEP lança novo portal do IDEB





Novo Portal IDEB

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

Plano Nacional de Educação em risco

Realizadas as eleições das mesas diretoras da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, começa o ano político. Ontem e hoje analistas dedicam quase todo seu tempo para explicar a vitória de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e Renan Calheiros (PMDB-AL), rascunhando cenários.
Há poucas divergências de opinião. A Câmara dos Deputados deverá ser mais instável, proporcionando fortes emoções e alguns pesadelos ao Palácio do Planalto. O Senado Federal deverá ser uma Casa menos arisca, porém distante de ser fácil. Contudo, há dois fatores que desestabilizam todas as formulações em jogo: o desdobramento político da Operação Lava Jato e a questão econômica – marcada por uma alta probabilidade de recessão, intensificada pela crise hídrica e energética, além dos efeitos do ajuste econômico liderado pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy.
Como resultado, recai sobre a área da educação a insegurança acerca das reais chances de implementação do novo PNE (Plano Nacional de Educação 2014-2024). A lei que o estabelece (Lei 13.005/2014) agenda para 2016 uma série de compromissos institucionais, muitos deles vinculados a uma maior participação do Governo Federal no investimento em educação básica – o que demanda maior esforço orçamentário por parte da União.
Para concluir adequadamente as ações previstas para 2016, em 2015 uma série de leis adicionais deve tramitar no Congresso Nacional em caráter de urgência, tratando de temas diversos, inclusive orçamentários. Além disso, há a necessidade do Palácio do Planalto e do Ministério da Educação editarem diversos decretos. Ou seja, o sucesso do PNE depende dele ser prioridade das prioridades dos poderes Executivo e Legislativo.
No entanto, considerando o atual contexto econômico e político, nos bastidores de Brasília já há quem aposte no descumprimento dos prazos agendados, o que pode colocar em risco o sucesso de todo o plano. O motivo é simples: o PNE é todo encadeado, ou seja, uma ação subsidia a outra. Para dar apenas um exemplo, as metas e estratégias de expansão de matrículas e valorização dos profissionais da educação dependem da implementação do mecanismo do CAQi (Custo Aluno-Qualidade Inicial), que por sua vez é o instrumento que demanda boa parte do investimento equivalente a 10% do PIB no décimo e último ano do plano. Portanto, o atraso em qualquer ação do estabelecida no PNE prejudica a subsequente, lesando o fio lógico do plano.
Assim, se não houver um verdadeiro compromisso dos agentes políticos acerca da pauta da educação, priorizando radicalmente o cumprimento dos prazos determinados no PNE e a realização eficaz das ações previstas, há chance do plano se inviabilizar logo no início de sua vigência. Frente a essa temerosa possibilidade, cabe à sociedade civil empreender todos os esforços necessários em prol do bom encaminhamento do PNE, pressionando e mobilizando os governantes.
E fica um alerta: o acertado e recente lema "Brasil: Pátria Educadora" não pode ser deslegitimado pelo descumprimento das leis educacionais, como é o caso do PNE. 

DANIEL CARA

Coordenador-geral da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, bacharel em ciências sociais e mestre em ciência política pela USP.

http://educacao.uol.com.br/colunas/daniel-cara/2015/02/02/2015-pne-em-risco.htm

terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

Evento Innovate2015 busca repensar a escola

Com a proposta de reimaginar o ensino e inspirar estudantes do amanhã, a Graded School, escola americana de São Paulo, promove entre 4 e 7 de março o Innovate2015. O evento reunirá especialistas brasileiros e estrangeiros, que vão discutir temas como criatividade, colaboração, liderança, resolução de problemas de forma interdisciplinar e aprendizagem individual.
Entre os palestrantes internacionais confirmados estão Mike Anderson, consultor especializado em STEM (sigla em inglês para metodologia que interliga o ensino de ciências, tecnologia, engenharia e matemática); Suzie Boss, autora de livros sobre ensino baseado em projetos e consultora educacional com foco na transformação de comunidades; Joey Lee, professor do Teachers College, da Universidade de Columbia, que desenvolve pesquisas sobre o uso de jogos na educação; Ewan McIntosh, empreendedor que criou o primeiro fundo de investimento para iPad em 2010 e, desde então, está envolvido no desenvolvimento de aplicativos premiados; Scott McLeod, um dos fundadores do CASTLE (sigla em inglês para Centro de Estudos Avançados de Tecnologia para Liderança na Educação); e Patrick Hruby, diretor do Facebook na América Latina.
freshidea/Fotolia.comEvento Innovate2015 busca repensar a escola

A organização do Innovate2015 também anuncia os brasileiros Mônica Steffen, professora de propriedade intelectual na FGV (Fundação Getúlio Vargas); Izabel Barros, líder do time de consultoria e pesquisa aplicada da empresa Steelcase na América Latina; Denis Russo, editor-chefe da revista Superinteressante; e Vanessa Testoni, pesquisadora do Instituto Samsung.
As inscrições para o Innovate2015 vão até o próximo dia 15 de fevereiro. Grupos de cinco ou mais integrantes têm desconto na inscrição, assim como educadores e inovadores de São Paulo, que pagam 50% menos.
Para mais informações, acesse o site do evento aqui.
http://porvir.org/porpensar/evento-innovate2015-busca-repensar-escola/20150209

Declaração para um novo ano

20 para 21  Certamente tivemos que fazer muitas mudanças naquilo que planejamos em 2019. Iniciamos 2020 e uma pandemia nos assolou, fazendo-...