A grande maioria dos programas de formação continuada oferece baixo impacto na melhoria do ensino e não dialoga com a real necessidade de transformação da educação brasileira. Essa é uma das principais conclusões do estudo “Formação continuada de professores no Brasil”, produzido pelo Instituto Ayrton Senna em parceria com o The Boston Consulting Group (BCG), e divulgado nesta segunda-feira, em São Paulo.
A carência de incentivos formais e a baixa aplicabilidade do conteúdo das ações oferecidas estão entre os principais desafios da formação continuada no Brasil, segundo o relatório, que tomou por base um levantamento feito com cerca de 3 mil profissionais (incluindo professores, secretários de Educação, diretores e coordenadores pedagógicos). Mais de 70% deles relataram que as atividades usadas na sua escola/rede são de caráter coletivo e fora da sala de aula.
Acesso a material didático, por exemplo, é a ação mais citada pelos entrevistados, seguida por reuniões pedagógicas e participação em eventos. A pesquisa apontou ainda que há poucas ações "customizadas e práticas", que se revelam como as mais eficazes e utilizadas dentre as redes de ensino nacionais e estrangeiras consideradas referência em educação. Iniciativas como a mentoria, por exemplo, foram relatadas por menos de 2% dos profissionais brasileiros entrevistados.
De acordo com o estudo, esse enfoque em práticas conjuntas e distantes do cotidiano escolar resulta em ações de baixa eficácia. Por isso, é preciso que o professor coloque em prática o que aprendeu nas ações formativas, além de poder contar com pares na escola e na secretaria de educação para conversar, trocar experiências e receber devolutivas do seu trabalho.
Com o objetivo de contribuir com o poder público para superar esses desafios, fazendo avançar modelos mais apropriados de formação, o Instituto Ayrton Senna e o BCG sinalizam alguns caminhos. Entre as recomendações estão campanhas de conscientização sobre a importância da formação continuada, revisão do conteúdo das iniciativas já em curso, estruturação de ciclos de avaliação e desenvolvimento entre os docentes e, até mesmo, ajustes na legislação, visando sistematizar as boas práticas existentes no País.
De acordo com o relatório, além de o Brasil já ter uma expressiva base de aproximadamente 2 milhões de professores lecionando com necessidade de capacitação, o País também enfrenta um cenário atual de déficit de docentes. Por essa razão, o relatório destaca que promover a melhoria da formação em serviço parece ser a opção “mais acionável” no curto prazo para melhorar a qualidade da educação brasileira.
O diretor de Articulação e Inovação do Instituto Ayrton Senna, Mozart Neves Ramos, lembra que, entre as variáveis que podem melhorar a educação, a qualidade do professor é a que mais influencia o desempenho escolar dos alunos. “Não podemos mais ter escola do século 19, professor do século 20 e aluno do século 21. Esse aluno precisa e merece ter professores inovadores e bem-preparados”, afirma. “Nos países que estão no topo da educação mundial, como Finlândia, Cingapura e Coreia do Sul, o professor recebe formação sólida, que dialoga com a prática da sala de aula. Esse cuidado é essencial para a formação das gerações futuras”, complementa.
“Educação é um dos pilares do desenvolvimento econômico no País. A curto prazo, a educação continuada é o caminho mais rápido para contribuir com os professores que já estão na sala de aula. Ela foca em iniciativas mais práticas do que teóricas”, disse o sócio do BCG e um dos autores do estudo, Christian Orglmeister. “A formação continuada consiste em desde capacitar o professor em conteúdos mais específicos até ajudá-lo com coaching, prática em que o docente mais experiente observa a aula e oferece feedback ao mais jovem”, acrescenta.
1. Estudo tem como base ampla consulta (2.732 entrevistas) realizadas pelo The Boston Consulting Group e pelo Instituto Ayrton Senna, entre novembro de 2012 e março de 2013, por meio eletrônico, com secretários de Educação e supervisores de ensino (2%), diretores de escolas (51%), coordenadores pedagógicos (18%) e professores (26%).
Sobre o The Boston Consulting Group. O The Boston Consulting Group (BCG) é uma empresa de consultoria de gestão global e líder mundial em estratégia de negócios. Fazemos parcerias com clientes em todos os setores e regiões do mundo para identificar as oportunidades que mais geram valor, abordar os desafios mais importantes e transformar o negócio de nossos clientes. Nossa abordagem personalizada combina um amplo entendimento da dinâmica das empresas e mercados e colaboração com todos os níveis da empresa de nosso cliente. Criado em 1963, o BCG é uma empresa privada, com 81 escritórios em 45 países. www.bcg.com
A carência de incentivos formais e a baixa aplicabilidade do conteúdo das ações oferecidas estão entre os principais desafios da formação continuada no Brasil, segundo o relatório, que tomou por base um levantamento feito com cerca de 3 mil profissionais (incluindo professores, secretários de Educação, diretores e coordenadores pedagógicos). Mais de 70% deles relataram que as atividades usadas na sua escola/rede são de caráter coletivo e fora da sala de aula.
Acesso a material didático, por exemplo, é a ação mais citada pelos entrevistados, seguida por reuniões pedagógicas e participação em eventos. A pesquisa apontou ainda que há poucas ações "customizadas e práticas", que se revelam como as mais eficazes e utilizadas dentre as redes de ensino nacionais e estrangeiras consideradas referência em educação. Iniciativas como a mentoria, por exemplo, foram relatadas por menos de 2% dos profissionais brasileiros entrevistados.
De acordo com o estudo, esse enfoque em práticas conjuntas e distantes do cotidiano escolar resulta em ações de baixa eficácia. Por isso, é preciso que o professor coloque em prática o que aprendeu nas ações formativas, além de poder contar com pares na escola e na secretaria de educação para conversar, trocar experiências e receber devolutivas do seu trabalho.
Com o objetivo de contribuir com o poder público para superar esses desafios, fazendo avançar modelos mais apropriados de formação, o Instituto Ayrton Senna e o BCG sinalizam alguns caminhos. Entre as recomendações estão campanhas de conscientização sobre a importância da formação continuada, revisão do conteúdo das iniciativas já em curso, estruturação de ciclos de avaliação e desenvolvimento entre os docentes e, até mesmo, ajustes na legislação, visando sistematizar as boas práticas existentes no País.
De acordo com o relatório, além de o Brasil já ter uma expressiva base de aproximadamente 2 milhões de professores lecionando com necessidade de capacitação, o País também enfrenta um cenário atual de déficit de docentes. Por essa razão, o relatório destaca que promover a melhoria da formação em serviço parece ser a opção “mais acionável” no curto prazo para melhorar a qualidade da educação brasileira.
O diretor de Articulação e Inovação do Instituto Ayrton Senna, Mozart Neves Ramos, lembra que, entre as variáveis que podem melhorar a educação, a qualidade do professor é a que mais influencia o desempenho escolar dos alunos. “Não podemos mais ter escola do século 19, professor do século 20 e aluno do século 21. Esse aluno precisa e merece ter professores inovadores e bem-preparados”, afirma. “Nos países que estão no topo da educação mundial, como Finlândia, Cingapura e Coreia do Sul, o professor recebe formação sólida, que dialoga com a prática da sala de aula. Esse cuidado é essencial para a formação das gerações futuras”, complementa.
“Educação é um dos pilares do desenvolvimento econômico no País. A curto prazo, a educação continuada é o caminho mais rápido para contribuir com os professores que já estão na sala de aula. Ela foca em iniciativas mais práticas do que teóricas”, disse o sócio do BCG e um dos autores do estudo, Christian Orglmeister. “A formação continuada consiste em desde capacitar o professor em conteúdos mais específicos até ajudá-lo com coaching, prática em que o docente mais experiente observa a aula e oferece feedback ao mais jovem”, acrescenta.
1. Estudo tem como base ampla consulta (2.732 entrevistas) realizadas pelo The Boston Consulting Group e pelo Instituto Ayrton Senna, entre novembro de 2012 e março de 2013, por meio eletrônico, com secretários de Educação e supervisores de ensino (2%), diretores de escolas (51%), coordenadores pedagógicos (18%) e professores (26%).
Sobre o The Boston Consulting Group. O The Boston Consulting Group (BCG) é uma empresa de consultoria de gestão global e líder mundial em estratégia de negócios. Fazemos parcerias com clientes em todos os setores e regiões do mundo para identificar as oportunidades que mais geram valor, abordar os desafios mais importantes e transformar o negócio de nossos clientes. Nossa abordagem personalizada combina um amplo entendimento da dinâmica das empresas e mercados e colaboração com todos os níveis da empresa de nosso cliente. Criado em 1963, o BCG é uma empresa privada, com 81 escritórios em 45 países. www.bcg.com
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