Foto: Facebook / Reprodução |
Não seria exagero dizer que a Gibiteca Mais Cultura, ponto de cultura em
Mato Grosso do Sul, nasceu de uma paixão. Ronilço Guerreiro, psicólogo e
fundador da Gibiteca, sempre foi apaixonado por quadrinhos e fez da Gibiteca
a sua grande missão: “Eu lia 30 gibis por semana, desde criança. Por meio dos
quadrinhos, ganhei autoestima, comecei a sonhar mais e, hoje, devo minha vida
a eles. Aprendi a me relacionar melhor”.
Em 1995, inspirado pela 1ª Gibiteca do Brasil, criada em Curitiba, Guerreiro
enviou 180 correspondências para várias embaixadas situadas no Brasil,
pedindo ajuda para criar a sua. Somente dez responderam: “Oito me
parabenizaram e duas ajudaram com os móveis e equipamentos: as
embaixadas da França e da Austrália. Comecei a Gibiteca com 150 gibis”.
Hoje são 25.000 exemplares no acervo, todos doados por leitores, e armazenados
em uma casa pintada em azul, vermelho e amarelo (para lembrar o
personagem Chico Bento, da Turma da Mônica, de Maurício de Souza).
“O espaço é pequeno, mas é como coração de mãe: sempre cabe mais um.
A Gibiteca é simplesmente um lugar para se conhecer e virar fã”, garante
Guerreiro. Por dia, 70 jovens e adultos frequentam o projeto. Semanalmente,
são realizadas Cirandas de Leituras e Oficinas de Redação.
Há, ainda, 15 computadores conectados à internet em uma sala de inclusão
digital. As crianças podem participar de oficinas literárias. “Através da cultura,
nós mudamos o mundo. E o desejo de participar de uma sociedade melhor é
um ato de carinho”, diz o fundador da Gibiteca Mais Cultura, que não possui
funcionários, apenas Guerreiro e outra voluntária, mas tem o apoio da Fundação
de Cultura de Mato Grosso do Sul, Ministério da Cultura e Prefeitura de Campo
Grande.
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