quinta-feira, 3 de abril de 2014

Os tradicionais mercados e feiras livres de Cuiabá

Quem vai às compras hoje nem pode imaginar que esse singular comércio cuiabano já foi uma bagunça que faltava gente pra ver

NELSON SEVERINO 

Quem vai às compras nos dias atuais nos dois principais terminais atacadistas de Cuiabá – o do Porto e o do Verdão – e vê aquela abundância de produtos que são ofertados à clientela, sem contar as feiras livres domingueiras que se espalham pela capital mato-grossense, nem de longe pode imaginar que esse singular comércio cuiabano já foi uma bagunça que faltava gente pra ver. Como toda feira livre que se preza...

Hoje, todo tipo de mercadorias chega a Cuiabá em grandes containers, caminhões frigoríficos e ate de avião, tudo isso sob rigorosa fiscalização da saúde pública. Em tempos bem remotos, não tinha nada disso! Os gêneros alimentícios, incluindo peixes, naturalmente, chegavam na primeira feira livre de Cuiabá, a do Largo da Cruz das Almas, hoje Praça Ipiranga, de canoas ou pequenos botes, impulsionados a remo, através do córrego da Prainha.

Feira da Avenida General Ponce, além de ser o centro comercial nos finais de semana, era palco
das batalhas de confetes nos períodos carnavalescos


O transporte dos produtos que a população consumia era feito pelos próprios chacareiros e sitiantes que subiam ou desciam o Rio Cuiabá até a “Boca do Valo”, que é onde o córrego da Prainha se encontra com o grande rio que banha a capital. Na época, o córrego da Prainha, com um grande volume de água, era totalmente navegável, facilitando o trabalho dos remadores, que iam vender diariamente ou de vez em quando seus produtos aos cuiabanos.

Geógrafo, historiador e professor universitário aposentado, o escritor Aníbal Alencastro dá um mergulho no passado e relembra detalhes interessantes dos mercados e feiras livres de Cuiabá. A confusão que caracteriza as feiras era uma diversão para os seus frequentadores habituais. O texto que se segue é de sua autoria. As fotos que ilustram o material jornalístico são de Laércio Ojeda.  Alencastro é autor de vários livros, entre os quais Cuyabá histórias, crônicas e lendas (já esgotado) e colaborador do HiperNotícias. 

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http://www.hipernoticias.com.br/TNX/conteudo.php?sid=180&cid=34089

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