Na Escola Estadual Chico Anisyo, na Tijuca, que funciona em tempo integral, habilidades socioemocionais são trabalhadas, e média no Ideb é superior à da rede. Carlos Ivan / Agência O Globo |
ANTÔNIO GOIS
RIO - O que explica o bom desempenho de um aluno na escola? E por que algumas crianças de um mesmo grupo social, no futuro, se tornam adultos bem-sucedidos, enquanto outras não? Essas são perguntas sem respostas simples ou consensuais. Uma das explicações possíveis está no papel da inteligência: jovens com maior capacidade cognitiva aprendem melhor e, dessa maneira, vão tirar as maiores notas em testes, passar no vestibular, estudar numa boa faculdade e conseguir melhores empregos. As boas escolas, seguindo essa linha de raciocínio, seriam aquelas que preparam seus estudantes para esses desafios. Como consequência, são também as mais bem colocadas em rankings elaborados a partir de avaliações como o Enem.
A visão acima, no entanto, é bastante criticada por educadores que defendem que o papel da escola é muito mais amplo do que apenas ensinar as disciplinas tradicionais. O problema, como argumenta em recente estudo o economista da Universidade de Chicago James Heckman, ganhador do prêmio Nobel em 2000, é que os instrumentos que hoje utilizamos para avaliar a qualidade do ensino medem justamente apenas essa dimensão: o desempenho em testes de leitura, matemática e outras disciplinas. Para Heckman, esses exames não conseguem medir habilidades que estudos acadêmicos têm provado que são tão ou mais importantes para explicar o sucesso na vida adulta quanto a nota em testes.
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