quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

Pesquisadores consideram prédio escolar como o terceiro professor

Para a professora e arquiteta Doris Kowaltowski, o mais indicado é que quando surja a oportunidade de se construir uma nova escola, todos os agentes se juntem para bolar o projeto


Cartola - Agência de Conteúdo - Especial para o Terra

Escola F.D.E. em estrutura pré-moldada realizado pela aluna Talita Tiemi,
orientada pela Prof ª Arlete Maria Francisco no curso de Arquitetura e Urbanismo -
Os prédios escolares são parte importante e marcante da educação de um indivíduo. Quem não lembra de como era o prédio da escola em que estudou no ensino médio ou fundamental? Ao redor do mundo e no Brasil, pesquisadores começam a incitar uma discussão mais aprofundada sobre como utilizar a arquitetura escolar a serviço do ensino e não apenas como um espaço a ser preenchido com alunos.
Para a arquiteta e professora da Faculdade de Engenharia Civil, Arquitetura e Urbanismo (FEC) da Unicamp, Doris Kowaltowski, que estuda a arquitetura escolar de escolas do Brasil e do mundo, o mais indicado é que quando surja a oportunidade de se construir uma nova escola, todos os agentes se juntem para bolar o projeto: arquitetos, engenheiros, professores e pedagogos. “Não necessariamente as pessoas que discutem os projetos precisam ser as mesmas a usá-lo depois de pronto, mas sua experiência com a educação é muito importante de ser colocada na mesa”, explica.
Para atender a um novo formato de ensino que vem surgindo nos últimos anos, a professora indica que é preciso unir a técnica da construção com a pedagogia. “Existem alguns trabalhos que chamam a arquitetura escolar de terceiro professor. O primeiro é o professor em si, o segundo é o método e o material. Podemos até achar que estamos ignorando o ambiente em que estamos inseridos, mas não estamos. Se ele é bem concebido, nos influencia positivamente. Podemos ensinar física com a arquitetura, colocando um relógio de sol na sala de aula, por exemplo. Os alunos aprenderiam sobre o movimento do sol e geometria com as sombras. Tento inserir essa reflexão, de que a arquitetura pode ensinar”.
A sala de aula é muito enraizada na cultura escolar mundial e no Brasil não é diferente. “É um elemento muito forte e que se repete. Porém, se repete sem uma reflexão. Ao redor do mundo o modelo de sala de aula com um aluno atrás do outro, o professor na frente com o quadro, está sendo questionado”, conta. Com a tecnologia e internet, o padrão atual de sala de aula pode não ser mais o melhor. Agora, os alunos utilizam muito mais equipamentos como celulares e computadores e o professor não é mais a única fonte de informação. É preciso que o ambiente seja rico e contribua para vencer a batalha da atenção com os celulares, que também contém a informação.
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