segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Plataforma da Khan Academy será lançada em português em janeiro

Ana Carolina MorenoDo G1, em São Paulo
A professora Leandra Oliveira com seus alunos do quinto ano Eric e Maria Eduarda, que começaram neste ano a ter aulas de matemática com vídeos e exercícios online (Foto: Ana Carolina Moreno/G1)
A nova plataforma da Khan Academy, lançada no início do segundo semestre, ganhará uma versão oficial em português a partir de janeiro de 2014. O anúncio foi feito na tarde de terça-feira (12), no lançamento de uma versão ainda em fase de testes. Além das videoaulas elaboradoras pelo cientista da computação e matemático americano Salman Khan, a plataforma tem exercícios e ferramentas para que os professores acompanhassem o progresso dos alunos em matemática.
Em março, quando começou a usar uma plataforma inspirada na de Khan, e elaborada pela Fundação Lemann, a professora Leandra Marques Rodrigues Oliveira estava "resistente" sobre o que poderia acontecer com os 32 alunos da sua turma de quinto ano do ensino fundamental. Mas, a um mês do fim do ano letivo, ela se diz satisfeita com o resultado do sistema. Leandra fez parte de um projeto-piloto implantado pela Lemann em seis cidades brasileiras. No ano que vem, o objetivo da entidade é expandir o projeto dos 12 mil alunos atendidos atualmente para 50 mil, além de abrir o acesso gratuito ao site para qualquer escola, professor e aluno do país, com conteúdos do ensino fundamental ao médio.
O site surgiu após a popularidade que os vídeos de Khan fizeram no YouTube. Há mais de oito anos, ele começou sem querer uma carreira como professor virtual, por meio de videoaulas produzidas como reforço escolar de matemática para uma sobrinha. Em 2011, lançou a plataforma que, além das aulas online, também trazia exercícios e maneiras de registrar a evolução do desempenho de cada estudante. A ideia, segundo ele, era que o sistema fosse usado em sala de aula para ajudar os professores a entenderem facilidades e dificuldades específicas de cada aluno em cada conteúdo ensinado.
De acordo com Denis Mizne, diretor executivo da Fundação Lemann, as escolas podem se candidatar a receber o projeto em suas salas de aula desde que ofereceram a internet de banda larga e os computadores. Além das 50 mil crianças que participarão da próxima fase do projeto Khan nas escolas, a expectativa é que pelo menos outros 50 mil acessem por conta própria a plataforma online, que será de uso gratuito. Ele afirma que o custo do projeto é de menos de R$ 3 por aluno por mês e estima que a Khan Academy é a "tecnologia que vai ser testada em maior escala no Brasil em sala de aula".

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