A discussão sobre a infraestrutura das escolas revela muito sobre a forma como cada um encara o debate educacional. Alguns ficam tão preocupados apenas em saber se os alunos aprenderam ou não o mínimo necessário, que não se preocupam em quais condições se dá o ensino. Infelizmente, para essas pessoas, impera a lógica de que para o filho do outro vale qualquer escola e qualquer educação.
Em primeiro lugar, é honesto apresentar a minha posição: concordando com a legislação nacional, embora ela esteja tão distante de ser efetivada, entendo que todo aluno tem o direito de estudar em uma escola adequadamente equipada. Concomitantemente, considero que todo professor também tem o direito de lecionar com os insumos pedagógicos necessários.
Recentemente, o UOL Educação noticiou uma pesquisa que aponta que menos de 1% das escolas brasileiras têm infraestrutura mínima, segundo os critérios doCAQi (Custo Aluno-Qualidade Inicial), ou "ideal", no entendimento dos autores do estudo, diante do enorme atraso brasileiro.
O CAQi calcula quanto a educação pública custa por aluno ao ano, considerando salário inicial condigno, política de carreira e formação continuada aos profissionais da educação, número adequado de alunos por turma, além de insumos infraestruturais como: brinquedotecas, bibliotecas, quadra poliesportiva coberta, laboratórios de informática e laboratórios de ciências, etc.
Embaixo da árvore
Uma vez, em março de 2009, fui convidado pela Save the Children – Reino Unido a apresentar o CAQi na Universidade de Londres. Depois da minha explanação, em controlados 25 minutos, uma gestora do alto escalão do DFID (Departamento para o Desenvolvimento Internacional), a agência britânica que tem como missão "a promoção do desenvolvimento sustentável e eliminação da pobreza no mundo", discordou dos meus argumentos:
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http://educacao.uol.com.br/colunas/daniel-cara/2013/10/30/voce-colocaria-seu-filho-para-estudar-embaixo-de-uma-arvore.htm
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